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Justiça paulista concede liberdade condicional a Elize Matsunaga

Elize, que matou e esquartejou herdeiro da Yoki, já deixou a prisão

Publicado segunda-feira, 30 de maio de 2022 às 19:47 h | Atualizado em 30/05/2022, 20:00 | Autor: Da Redação
Elize vai passar o restante dos 16 anos da sua pena em liberdade
Elize vai passar o restante dos 16 anos da sua pena em liberdade -

Elize Matsunaga, presa por matar o marido Marcos Matsunaga, herdeiro da indústria de alimentos Yoki, em 2012, ganhou liberdade condicional. O alvará de soltura foi cumprido às 17h35 desta segunda-feira, 30.

Segundo informações do g1, o recurso foi solicitado à Justiça pela defesa dela e concedido pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, o Deecrim de São José dos Campos. Com isso, Elize vai passar o restante da pena em liberdade, tendo que cumprir algumas regras, entre elas, informar periodicamente a ocupação e endereço à Justiça.

Inicialmente, ela havia sido condenada a 19 anos e 11 meses de prisão. No entanto, a pena foi reduzida para 16 anos e três meses pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2019. Elize cumpriu pena na penitenciária de Tremembé, mesma de detentas envolvidas em crimes de grande repercussão no Brasil, como Suzane von Richthofen e Anna Jatobá. 

Elize trabalhou na área da costura para diminuir a pena e chegou a divulgar que investiria em um negócio de roupas para pets. Com o emprego, que era remunerado, ela pôde ter direito às saídas temporárias. 

Recentemente, após ter participado de um documentário na Netflix, ela anunciou sua autobiografia, intitulada "Piquenique no Inferno". A obra, escrita à mão na prisão, é uma forma de pedir perdão à filha, que está impedida de ver desde 2012. 

Relembre o crime

Elize Araújo Kitano Matsunaga matou e esquartejou o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42, em 19 de maio de 2012 no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo. Ele era herdeiro das indústrias de alimentos Yoki.

O empresário foi baleado na cabeça com uma das 34 armas que o casal mantinha na residência. Quatro eram de Elize, entre as quais, a pistola usada no crime. As demais pertenciam a Marcos.

Na época, Elize disse que atirou em Marcos para se defender dele, que teria lhe agredido com um tapa no rosto ao descobrir que ela havia contratado um detetive particular para segui-lo. O profissional havia flagrado uma das traições do empresário e o filmou com uma garota de programa.

O empresário deixou um seguro de vida de R$ 600 mil, que tinha a mulher como uma das beneficiárias. Elize e Matsunaga eram casados havia dois anos e tinham uma filha de 1. Foi o segundo casamento dele, que tinha outra filha do relacionamento anterior. A previsão inicial, com a pena atualizada, é que ela deixasse a prisão em 2028.

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