FOZ DO IGUAÇU
Laudo: Guaranho deu três tiros contra Arruda, que disparou 13 vezes
Perícia também concluiu que a vítima disparou 13 vezes contra bolsonarista

Por Da Redação

O Instituto de Criminalística do Paraná concluiu a perícia nas armas utilizadas pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho e pelo guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado em 9 de julho quando comemorava seu aniversário de 50 anos em Foz do Iguaçu (PR).
Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Segundo a perícia, ele disparou pelo menos três tiros no local do crime, enquanto Arruda atirou 13 vezes no confronto. A conclusão está em um documento ao qual o UOL teve acesso.
O laudo, elaborado pela Polícia Científica, foi anexado ao processo, que tramita na 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. O exame de local já havia descartado a versão de que o carro do atirador tivesse sido atingido por pedradas, versão sustentada em depoimento pela esposa do réu.
A Justiça do Paraná deu prazo de dez dias, contados desde quinta-feira, 21, para que Guaranho responda pelo crime. "O quadro de saúde dele é estável. Vamos esperar pela alta médica para que ele seja interrogado", disse o promotor Tiago Mendonça Lisboa, em entrevista ao UOL.
O promotor reafirmou ver motivação política no assassinato. Contudo, diferencia o caso de um crime político, previsto na Lei de Segurança Nacional —revogada no ano passado— pois esta representava um atentado contra o Estado democrático de Direito.
O entendimento do MP diverge da conclusão do inquérito elaborado pela Polícia Civil do Paraná. A delegada Camila Cecconello indiciou Guaranho por homicídio qualificado por motivo torpe e por causar risco a outras pessoas, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Após a conclusão dos laudos de confronto balístico, de local de crime e do veículo usado por Guaranho, o Ministério Público aguarda por outros dois exames complementares, que devem ser concluídos em 15 dias. A análise do conteúdo do celular de Guaranho poderá constatar uma eventual participação de terceiros com base nas conversas dele ao telefone e pelo WhatsApp. Já o exame no gravador de vídeo para leitura labial dos envolvidos na cena do crime pode revelar novos detalhes da dinâmica do crime.
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