ECONOMIA
Legalizar maconha pode movimentar R$ 167 bilhões anuais no Brasil
Estimativa foi realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN)
![Para a ABICANN, legalizar a maconha é uma questão de soberania nacional](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Legalizar-maconha-pode-movimentar-R-167-bilhoes-an0127664500202406300959-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FLegalizar-maconha-pode-movimentar-R-167-bilhoes-an0127664500202406300959.jpg%3Fxid%3D6275306%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721135964&xid=6275306)
Uma hipotética regulamentação do comércio de maconha poderia movimentar aproximadamente 30 bilhões de dólares (equivalente a R$ 167,8 bilhões na cotação atual) por ano no Brasil. Essa é a estimativa divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN), que defende a legalização do entorpecente no país.
Segundo o presidente da ABICANN, Thiago Ermano, os mais de 100 países que já regulamentaram seus mercados com a planta “cannabis sativa” somam uma movimentação econômica de 350 bilhões de dólares (R$ 1,957 trilhão). Para ele, o Brasil estaria perdendo tempo com a criminalização da maconha.
“Não há lógica para a proibição da cannabis, além de percepções gerais sobre um racismo e preconceito com os povos negros e indígenas, habituais consumidores de canabinoides para equilíbrio da saúde e para curar os males da mente, muitas vezes violadas pela opressão e abandono do Estado brasileiro. Culturas criminalizadas, é o que temos hoje”, opinou Ermano, em publicação da ABICANN.
Diferente do que ocorre atualmente, com o crime organizado monopolizando o comércio da maconha, os valores movimentados na comercialização regulamentada da droga poderiam ser tributados pelo Estado brasileiro, que atualmente busca uma saída arrecadatória para aplacar suas necessidades fiscais. Segundo a ABICANN, legalizar o entorpecente seria, além de um ato de civilidade, uma questão de soberania nacional.
“O Brasil é uma potência agrícola, aliando condições climáticas favoráveis à ciência, tecnologia e inovação. Temos que utilizar toda essa estrutura na criação de um cenário regulatório que permita o desenvolvimento desimpedido de todo o cenário envolvendo a cannabis e seus subprodutos”, avaliou Ermano.
“A ABICANN acredita em uma regulamentação séria, justa, clara e abrangente que possibilite o surgimento e fortalecimento de negócios envolvendo a cannabis, e nos colocamos à disposição para apoio à contribuição técnica, para que esse cenário se concretize de forma célere e definitiva”, acrescentou o presidente da associação.
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