ECONOMIA
Legalizar maconha pode movimentar R$ 167 bilhões anuais no Brasil
Estimativa foi realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN)
Por Da Redação
Uma hipotética regulamentação do comércio de maconha poderia movimentar aproximadamente 30 bilhões de dólares (equivalente a R$ 167,8 bilhões na cotação atual) por ano no Brasil. Essa é a estimativa divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN), que defende a legalização do entorpecente no país.
Segundo o presidente da ABICANN, Thiago Ermano, os mais de 100 países que já regulamentaram seus mercados com a planta “cannabis sativa” somam uma movimentação econômica de 350 bilhões de dólares (R$ 1,957 trilhão). Para ele, o Brasil estaria perdendo tempo com a criminalização da maconha.
“Não há lógica para a proibição da cannabis, além de percepções gerais sobre um racismo e preconceito com os povos negros e indígenas, habituais consumidores de canabinoides para equilíbrio da saúde e para curar os males da mente, muitas vezes violadas pela opressão e abandono do Estado brasileiro. Culturas criminalizadas, é o que temos hoje”, opinou Ermano, em publicação da ABICANN.
Diferente do que ocorre atualmente, com o crime organizado monopolizando o comércio da maconha, os valores movimentados na comercialização regulamentada da droga poderiam ser tributados pelo Estado brasileiro, que atualmente busca uma saída arrecadatória para aplacar suas necessidades fiscais. Segundo a ABICANN, legalizar o entorpecente seria, além de um ato de civilidade, uma questão de soberania nacional.
“O Brasil é uma potência agrícola, aliando condições climáticas favoráveis à ciência, tecnologia e inovação. Temos que utilizar toda essa estrutura na criação de um cenário regulatório que permita o desenvolvimento desimpedido de todo o cenário envolvendo a cannabis e seus subprodutos”, avaliou Ermano.
“A ABICANN acredita em uma regulamentação séria, justa, clara e abrangente que possibilite o surgimento e fortalecimento de negócios envolvendo a cannabis, e nos colocamos à disposição para apoio à contribuição técnica, para que esse cenário se concretize de forma célere e definitiva”, acrescentou o presidente da associação.
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