Mãe de envenenados por madrasta diz que não quer vingança, só justiça

O julgamento de Cintia Mariano Dias Cabral, madrasta acusada de envenenar enteados no Rio de Janeiro, causando inclusive a morte de Fernanda Cabral, 22, foi iniciado nesta sexta-feira, no Tribunal de Justiça do Rio.

Para a primeira audiência são aguardados os depoimentos de 28 testemunhas de acusação e defesa, incluindo Bruno Cabral, de 16 anos, irmão de Fernanda, que também foi envenenado, mas sobreviveu.

Jane Carvalho, mãe das vítimas, afirmou que não queria vingança, mas justiça pelos filhos, principalmente por Fernanda.

"Eu quero deixar claro que não há desejo de vingança, mas de justiça pelos meus filhos, por ela ter tirado a vida da minha filha com apenas 22 anos. O que eu quero é que ela pague por todos os anos que ela tirou da minha filha, que por todos esses anos ela fique enjaulada. Quero pedir que o Brasil esteja comigo, peço corrente de oração de todos. Desejo que ninguém passe por essa perda", disse ao O Globo.

"Estou confiante nos órgãos competentes e na justiça, principalmente de Deus. Além de ela cometer esse crime, ela foi uma pecadora. Ela envenenou meus filhos pelo prato sagrado, pelo feijão. Com certeza a Justiça vai mantê-la presa e vamos para a segunda fase".

Nas redes sociais, ela também se manifestou sobre o início do julgamento. "Hoje vai se iniciar uma linda corrente para nós. Clamarmos por justiça, para que a gente consiga pôr essa mulher, a Cintia Mariano, enjaulada de uma vez por todas. Eu venho aqui clamar, com vocês e todo o Brasil, por justiça, por Fernanda e Bruno".

O delegado Flavio Ferreira Rodrigues , que comandou as investigações, afirmou que o crime foi motivado por ciúmes dos filhos biológicos do marido. Cíntia foi presa em maio, por determinação da Justiça, suspeita de homicídio qualificado.