BRASIL
Médica de UTI é algemada por desacato: "pacientes ficaram sozinhos"
Médica ainda foi colocada em uma viatura e levada para uma delegacia
Por Da Redação
Uma médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, localizado na Zona Sul de São Paulo, foi presa no domingo, 1º, por suposto desacato contra policiais militares.
Uma equipe da PM foi até a unidade para saber sobre o estado de saúde de um policial aposentado que deu entrada na UTI. Ao pedirem o boletim médico, a médica se negou a fornecer as informações por estar fora do horário de visitas e porque o procedimento do hospital determina que o boletim só pode ser passado para familiares. As informações foram passadas por testemunhas do caso.
Em depoimento na delegacia, a profissional de saúde disse que foi algemada dentro do hospital e colocada na viatura. A declaração foi dada para a TV Globo, que também escutou os relatos dos presentes no momento da ocorrência.
"Fui algemada e me colocaram no camburão. Me tiraram de dentro da UTI e os pacientes ficaram sozinhos", disse a médica na 17º DP.
A PM firma que a acusação de desacato aconteceu pelo fato da médica ter arremessado um documento no rosto de um tenente da corporação.
"A PM apura a conduta dos agentes e, se for comprovado excesso, medidas serão adotadas. A mulher de 53 anos foi detida neste domingo (01), na Avenida Nazaré, no Ipiranga. O caso foi registrado como desacato, ela foi liberada e o registro, encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).", diz a nota da PM.
A Secretaria da Saúde disse que "de acordo com a Legislação, boletim médico só pode ser passado a familiares, responsáveis legais ou por determinação judicial".
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