BRASIL
Médicos alertam para falta de insulina no Brasil, diz CRM
Ministério da Saúde diz que situação está controlada
Por Redação
O Brasil está em alerta com a falta de insulina em hospitais e farmácias, situação que vem sendo apontada por médicos e pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). Desde março de 2024, alertas sobre o desabastecimento têm gerado preocupação entre especialistas, especialmente por envolver um medicamento essencial para pacientes com diabetes.
“Estamos ficando reféns, muitas vezes, do mercado externo e da capacidade de produção industrial de outros países. E o que está havendo nessa questão da insulina é nacional”, afirmou Lívia Vanessa Ribeiro Gomes Pansera, presidente do CRM-DF, em entrevista ao Correio Braziliense. Ela destacou que o problema pode estar relacionado tanto à capacidade de fornecimento quanto à falta de planejamento governamental.
Segundo Pansera, as dificuldades no abastecimento de insulina foram sinalizadas há meses, mas ainda não houve solução concreta. “Muitas vezes, quando essas empresas começam a ter problema no fornecimento, elas avisam ao mercado, mas, frequentemente, não há um planejamento adequado. As pessoas vão deixando os comunicados ali quando chega uma situação emergente”, explicou.
A presidente do CRM-DF ressaltou a importância da insulina para a qualidade de vida dos pacientes com diabetes. Ela lembrou que existem diferentes tipos do medicamento, permitindo um cuidado individualizado. “Cada paciente tem necessidades diferenciadas. Não é uma receita de bolo. O que é igual para um pode não ser para outro”, afirmou.
Apesar dos avanços tecnológicos que ampliaram a variedade de insulinas disponíveis, o desabastecimento representa um grande risco para pacientes que dependem do medicamento para controlar a doença.
Ministério da Saúde nega desabastecimento
Em nota, o Ministério da Saúde negou que haja falta de insulina no Sistema Único de Saúde (SUS) e afirmou que o fornecimento está garantido até o fim de 2025. A pasta, comandada pela ministra Nísia Trindade, reconheceu, no entanto, a existência de uma restrição mundial na oferta do medicamento.
“Para driblar o problema mundial de restrição na oferta de insulina, o Ministério da Saúde firmou um acordo para antecipar a entrega de 1,8 milhão de unidades de insulina até o fim de dezembro, garantindo o abastecimento de insulina até 2025”, informou o órgão.
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