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Ministros de Bolsonaro defendem programa de subsídio ao diesel

Objetivo é diminuir impacto do aumento anunciado pela Petrobras ao consumidor

Publicado sexta-feira, 11 de março de 2022 às 13:44 h | Atualizado em 11/03/2022, 13:54 | Autor: Da Redação

Em meio a possibilidade de protestos, os ministros do governo Bolsonaro contrariam o ministro da Economia, Paulo Guedes, e defendem adoção imediata de um subsídio federal para evitar que o aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras na última quinta-feira, 10, seja repassado ao consumidor. 

De acordo com a Folha de S.Paulo, os integrantes do governo querem elaborar um programa de subsídio ao diesel com efeito imediato, para permitir ao governo bancar uma parte dos valores cobrados nas bombas. 

Pelo menos três ministros entendem que a aprovação do projeto de lei aprovado nesta semana para reduzir os tributos sobre o diesel apenas ameniza o impacto do aumento dos combustíveis da Petrobras para o consumidor, mas não soluciona o problema.

De acordo com cálculos do governo federal, a redução dos tributos deve amortecer R$ 0,90 no diesel anunciado pela Petrobras. Com isso, um subsídio poderia compensar os R$ 0,30 restantes, o que demandaria um impacto de R$ 2 bilhões ao mês, em um programa de três meses. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, é contrário ao subsídio e quer  aguardar os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia sobre os preços do petróleo. "Se isso [guerra] se resolve em 30 ou 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada? Aí sim você começa a pensar em subsídio para o diesel", disse o ministro.

A estratégia também seria eleitoral, para evitar o impacto do aumento da gasolina na imagem de Bolsonaro. No entanto, ministros acreditam que a medida não será suficiente e recomendam que o presidente edite um decreto de calamidade pública que o permita abrir os cofres e criar um programa de subsídios para segurar o preço do diesel.

A preocupação é a lei eleitoral, que impede a criação de novos benefícios no ano de realização das eleições. O tema ainda deve ser analisado internamente pelo governo.

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