CORRIDA ELEITORAL
Ministros de Bolsonaro tentam acelerar futuro político
Apenas seis semanas separam o clã do presidente ao fim do exercício nos ministérios
Por Da Redação
O prazo para os ministros de Bolsonaro deixarem o governo é curto e apenas duas semanas separam o clã do presidente ao fim do exercício no cargo. Pelo menos três ministros estão com o futuro eleitoral incerto no primeiro escalão do governo. As informações são da Folha de S.Paulo.
João Roma (Cidadania) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ainda não decidiram se vão sair do governo e por qual partido disputariam as cobiçadas eleições.
Embora seja considerado nos bastidores como o que tem maior potencial de ser candidato, Braga Netto (Defesa) ainda não definiu a futura legenda. O governo aposta que o militar componha a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) como vice.
No PP, dirigentes também dizem que a prioridade era tentar filiar o presidente. Ser vice é mais um projeto pessoal do que partidário. O cenário mais previsto é que Braga Netto vá para o PL, embora não tenha tido qualquer conversa com o partido sobre filiação.
Damares Alves tem oscilado nos últimos meses sobre uma possível candidatura. Inicialmente, descartava a possibilidade, porém começou a cogitar se lançar ao Senado, embora tenha tido que poderia ser candidata por seis estados, até admitir que estava mais próxima do Amapá.
Complicado mesmo é o cenário do ministro João Roma. Pré-candidato ao governo da Bahia, Roma enfrenta dificuldade de construir palanque. O primeiro impecilho é o próprio partido, Republicanos, que resiste em garantir-lhe a legenda.
movimento do PP de deixar o governo de Rui Costa (PT) para apoiar a campanha de ACM Neto (União Brasil) enfraqueceu o apoio a Roma, iá que João Leão (PP) vai ser o candidato a senador na chapa do ex-dirigente do DEM. Ainda assim, o ministro tem dito a aliados que a tendência é deixar a pasta para concorrer ao Palácio de Ondina. Uma ala de aliados de Bolsonaro quer que o ministro dispute a eleição para dar palanque ao presidente na Bahia.
Caso isto ocorra, Roma deverá se filiar ao PL. Embora integrantes do partido reconheçam que ele vai ter uma campanha esvaziada. Caso o desejo não se concretize, Roma deve continuar no cargo até o fim do governo. A esposa, Roberta Roma, é candidata a deputada federal.
Caso Roma, Damares e Braga Netto decidam concorrer a cargos públicos, a lista de ministros-candidatos vai saltar para nove.
A legislação eleitoral determina que ministros que desejam disputar eleições devem deixar os postos seis meses antes do pleito, que vai ser realizado no primeiro fim de semana de outubro. O prazo da desincompatibilização é 2 de abril.
Dos 23 ministros, seis têm candidaturas certas. Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) vão concorrer aos governos estaduais do Rio Grande do Sul e de São Paulo, respectivamente.
Já Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Agricultura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) disputarão vaga de senador pelo Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, respectivamente. Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) vai sair para deputado federal por São Paulo.
Para a sucessão dos ministros, Bolsonaro tem dado prioridade a quadros que já atuam no governo. Até o momento, é dada como certa a promoção de dois secretários-executivos: Marcelo Sampaio e Marcos Montes, da Infraestrutura e da Agricultura, respectivamente. O presidente do INSS é cotado também para assumir a vaga deixada por Onyx Lorenzoni no Trabalho.
No caso de Braga Netto assumir a vice, como tudo indica, disputam o Ministério da Defesa o atual Comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o ministro da Secretaria Geral, Luiz Eduardo Ramos.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes