COLAPSO EM MACEIÓ
"Movimentação do solo diminuiu, mas ainda evolui", diz Defesa Civil
Até o momento, 60 mil pessoas foram realocadas em cinco bairros
A movimentação do solo da mina em risco de colapso em Maceió diminuiu, mas continua em evolução. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés, em entrevista à Globo News na manhã deste sábado, 2, o ritmo desacelerou, mas está cada vez mais próximo da superfície. "Poderá chegar a qualquer momento a eclodir ou de uma forma mais branda, mas com certeza atingirá a superfície", disse.
"A gente acredita que [a cratera] será, aproximadamente, cinco vezes o seu raio, que está hoje, em média, 32 metros. A população que reside nesse entorno está a uma distância considerável, em média, a 2 quilômetros de distância desse local, que é aqui às margens da lagoa Mundaú", explicou o coordenador.
Nesta sexta-feira, 1º, a Braskem também garantiu ao Ministério Público do Trabalho (MPT-AL) que todos os trabalhadores foram retiradas da área de risco. Na audiência, o MPT também determinou que a empresa apresente os planos de gerenciamento de risco, de monitoramento, de emergência e de evacuação na área ameaçada pelo colapso da mina 18 até quarta-feira, 6.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afirmou que vai acompanhar a situação emergencial decretada em Maceió pelo afundamento
Entenda
A mina em risco foi desativada em 2019 e era uma das 35 na região que servia para extração de sal-gema, minério usado na produção da soda cáustica. Em 2020, o bairro Mutange, onde está localizada a mina, teve que ser desocupado devido ao afundamento do solo. Desde então, mais de 60 mil pessoas tiveram que ser realocadas. De acordo com a Defesa Civil toda a área no entorno do bairro já foi evacuada e não corre o risco de que outras áreas sejam atingidas. Estão na rota de risco cinco bairros: Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
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