BRASIL
MP denuncia segurança da Zara por racismo e quer loja suspensa
Jogador de futebol gravou segurança e contou detalhes da situação nas redes sociais
Por Da Redação
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou um segurança da Zara pelo crime de racismo, praticado contra o jogador de futebol Guilherme Quintino, em junho. O profissional impediu a saída de um cliente negro da loja sem mostrar onde estavam peças de roupa que ele havia desistido de comprar. A unidade fica na Barra da Tijuca, na capital fluminense.
Na decisão, o promotor do caso, identificado como Alexandre Themístocles, disse que o segurança não tem "justificativa plausível" para a tomada de decisão contra o atleta.
"Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização", diz trecho da decisão.
Com base no crime de racismo cometido dentro da loja, o MPRJ ainda requereu à Justiça a suspensão do funcionamento da unidade da Zara pelo prazo de três meses.
Em nota, a Zara fez comunicado sobre o caso que repercutiu nas redes sociais, acrescentando que tem colaborado com as investigações. "a companhia não tolera nenhuma forma de discriminação e reforça que trabalha permanentemente em ações educativas vinculadas ao estrito cumprimento de seu Código de Ética e Conduta e sua Política de Diversidade e Inclusão, que também são aplicáveis aos profissionais terceirizados com os quais trabalha".
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