MPF denuncia seis por assassinato e por forjar suicídio de Vladimir Herzog

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na manhã desta terça-feira, 17, seis pessoas pelo assassinato e por terem forjado o suicídio do jornalista Vladimir Herzog, preso e torturado até a morte em outubro de 1975, no DOI-Codi de São Paulo, maior centro de violações dos direitos humanos da ditadura brasileira.

De acordo com informações do Uol, dependendo do tipo de participação, os denunciados poderão responder na Justiça Federal pelos crimes de homicídio, fraude processual e falsidade ideológica. Segundo o site, um dos denunciados foi acusado de prevaricação, deixando de agir conforme a lei para impedir a investigação.

Foram denunciados pelo homicídio o então comandante do DOI-Codi, Audir Santos Maciel, e José Barros Paes, também processados por fraude processual. Altair Casadei por fraude processual. Os médicos legistas Harry Shibata, que foi chefe do Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo, e Arildo de Toledo Viana foram denunciados por falsidade ideológica, por atestamento falso da morte de Herzog.

Procurador militar do caso, Durval Ayrton de Moura Araújo, denunciado por prevaricação, por não ter denunciado envolvidos no caso.

Segundo o Uol, Vladimir Herzog não militava clandestinamente e não participou de guerrilha urbana durante a ditadura mlitar. Ele era jornalista da TV Cultura e, um dia, foi chamado para prestar depoimento no DOI-Codi e nunca mais retornou para casa.