BRASIL
Mulheres afirmam que receberam oferta em dinheiro para mudarem de lado no caso Saul Klein
Por Da Redação
Duas mulheres dentre as 32 que acusam Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, de aliciamento e estupro afirmaram que receberam ligações de números desconhecidos com ofertas em dinheiro para que "mudem de lado". Por meio da defesa, Samuel Klein disse que não fez ou autorizou ninguém a fazer os telefonemas em seu nome.
Segundo o UOL, as ligações teriam ocorrido na tarde da sexta-feira, 5. Em uma delas, um homem, que não se identifica, diz que é pra mulher ir “ao condomínio e pedir para falar com o caseiro". Ele continua: "não adianta você retornar nesse número. Só precisa mudar de lado, você vai ser muito bem recompensada". Quando a mulher pergunta com quem está falando, ele desliga.
Em outra ligação, a mesma voz masculina chama uma outra mulher pelo nome, e afirma que "o patrão pediu para te passar o recado. Quer saber se está disposta a mudar de lado. Vai ser muito bem recompensada, só tem que dar um jeito de vir ao condomínio, e pedir para chamar o caseiro. Você vai ser muito bem recompensada". A mulher pergunta com quem está falando, mas também não é respondida.
Conforme o UOL, em novembro do ano passado, 14 mulheres denunciaram Klein ao Ministério Público. De acordo com elas, o empresário mantinha, desde 2008, um esquema de prostituição e aliciamento de garotas em festas, eventos e dentro da sua própria casa em Alphaville e no sítio, em Boituva (SP). Nesses locais, as mulheres seriam estupradas.
Ainda em 2020, a Justiça concedeu medida protetiva às mulheres, retendo o passaporte do empresário e concedendo ordem que o impedia de contactá-las ou se aproximar-se. Em fevereiro deste ano, mais 18 mulheres solicitaram entrada no processo, no entanto, as medidas protetivas concedidas às 14 autoras originais da ação foram revogadas.
De acordo com o UOL, a defesa de Saul afirma que o empresário era um "sugar daddy" - termo para homens mais velhos que têm o fetiche de sustentar financeiramente mulheres mais novas em troca de afeto e/ou relações sexuais - mas nega que tenha acontecido relação sexual não consensual.
As ligações recebidas pelas duas mulheres já foram relatadas às autoridades responsáveis pelo inquérito policial.
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