BRASIL
Nordeste é a região com mais internet de alta velocidade no Brasileira
Por Igor Andrade l A TARDE SP
De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a região Nordeste foi o local que mais avançou em infraestrutura para acesso à internet de alta velocidade no país. Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco – no nordeste e Tocantins – na região Norte - são os cinco estados que se destacam com maior número de municípios entre as 300 cidades que ganharam rede de fibra óptica neste ano de 2017.
Em 2016, na Bahia, 145 municípios já possuíam fibra óptica para o acesso em internet. Em 2017, mais 79 cidades no estado receberam a tecnologia. O maior número de instalações no ano em todo Brasil.
Apesar dos avanços, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea), a demanda reprimida por acesso à internet no país é de 11,6 milhões de domicílios. Os estados que apresentaram a maior falta de estrutura foram, o Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Amazonas e Minas Gerais.
Hoje, cerca de 39,1 milhões de residências têm acesso à internet. No Brasil, segundo as operadoras de serviços de telecomunicações que prestam serviço no território nacional, 3.452 cidades dispõem de fibra óptica, 2.086 acessam internet via rádio e 32 municípios são atendidos por satélite. Porém, na maior parte das cidades, a infraestrutura é precária recebendo velocidades que não ultrapassam 10 Mbps.
De acordo com o governo, em até 10 anos, a ideia é oferecer novas políticas de banda larga, com provedores regionais, operadoras e ONGs para ampliar o acesso à internet por diferentes tecnologias. De acordo com a Associação Brasileira de Internet (Abranet), nos locais em que os provedores locais atendem, o acesso da população à internet já pode ser visto uma mudança, como acontece no nordeste.
“No Nordeste, Centro-Oeste, no Norte, ou no extremo sul de São Paulo, são os provedores regionais que têm atuado nas áreas de sombra para oferecer serviço em que as grandes não trabalham”, garante o presidente da instituição Eduardo Parajo.
Atualmente, cerca de 9.600 empresas são cadastradas na Anatel com a licença para fazer o serviço na prestação de serviço de internet no país. Sendo que desse total, 80% são empresa de pequeno porte que atendem em cidades com poucos habitantes, conforme a agência, nesses locais a internet em um primeiro momento a internet é a rádio e, depois, fazem a migração para a fibra óptica.
Após retração em telecomunicação nos dois últimos anos, os recursos públicos e privados devem avançar 25% em 2018 e chegar a R$ 23,3 bilhões. Em novembro, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou uma consulta pública para rever e renovar a política de internet no Brasil.
De acordo com o secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, o objetivo é levar banda larga a todos os municípios do País. Hoje, 40% deles não contam com conexão de fibra ótica.“O objetivo é levar conectividade para onde não existe”, afirmou Borges.
Não é a primeira vez que o governo faz planos para universalização da banda larga no país. A primeira versão foi lançada em 2010, durante o governo Lula, com preço máximo e velocidade mínima definidos. No último mês do governo Dilma, em maio de 2016, o governo lançou o Brasil Inteligente, com meta de velocidade mínima de navegação e de atendimento a escolas públicas urbanas e rurais.
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