BRASIL
Número de mortos e feridos supera capacidade de boate de SM
O número de mortos e de pessoas atendidas em hospitais em função do incêndio na boate Kiss supera a capacidade de público do local, anunciou nesta quarta-feira, 30, o delegado Marcelo Arigony, que comanda as investigações sobre o caso.
A tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou 235 mortos e 143 pessoas ainda estão hospitalizadas. "É só fazer uma conta rápida: foram 500 atendimentos, mais 235 mortos para uma capacidade de 691 pessoas, então já extrapolou", disse Arigony.
Três dias depois do incêndio mais trágico no Brasil nos últimos cinquenta anos o número de vítimas segue aumentando, pois muitas pessoas que inicialmente não necessitaram de ajuda médica começaram a sofrer sintomas de intoxicação respiratória e de pneumonia química pelo fumaça tóxica inalada.
A morte de um destes pacientes na noite de ontem elevou para 235 o número de vítimas fatais, a maior parte deles estudantes. O caso foi a primeira morte entre os 75 pacientes considerados em estado grave. Outras 68 pessoas seguem hospitalizadas e segundo os números divulgados por Arigony um número aproximado de 357 pessoas receberam cuidados médicos mas precisaram ser internadas.
O delegado afirmou que até o momento já foram ouvidas na investigação cerca de 60 pessoas, que apresentaram suas versões e permitiram a reconstituição preliminar dos fatos.
"Já sabemos onde começou o incêndio, foi no palco. Uma funcionária declarou que separou mil comandas para a noite, mas não sabe se entraram todos", afirmou Arigony.
Segundo as primeiras investigações, o incêndio começou quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na boate, acendeu um sinalizador cujas faíscas atingiram a espuma utilizada como isolante acústico no teto do estabelecimento.
A polícia prendeu na segunda-feira quatro pessoas por sua responsabilidade na tragédia, os dois donos da boate e dois músicos do grupo.
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