CONTRA-ATAQUE
Página do Google assume postura contrária ao PL das Fake News
Buscador inclui mensagem na sua página inicial onde afirma que regulação "pode piorar a internet"
Por Da Redação
O Google assumiu abertamemte a postura contrária ao projeto que visa a regular a disseminação de informações na internet e combater discursos de ódio e a propagação de notícias falsas, conhecidas como "fake news" em inglês.
A plataforma de busca passou a exibir nesta segunda-feira, 1º, em sua home (página inicial), um link contrário ao projeto de lei que cria o marco regulatório na internet, batizado de PL das Fake News. “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”, diz a mensagem.
Ao clicar, o internauta é direcionado a outra página, onde se encontra um artigo assinado por Marcelo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google no Brasil. O texto diz que o projeto “pode piorar a sua internet” e expõe as preocupações do Google com o projeto, que está na pauta de votação da Câmara desta terça-feira, 2.
A empresa defende uma discussão maior da matéria, tem impulsionado a hashtag #MaisDebatePL2630 e pressionado deputados federais. “Estamos muito preocupados com as consequências indesejadas para o país caso o texto atual seja aprovado sem uma discussão aprofundada”, escreve Lacerda.
O representante da plataforma de busca lista alguns pontos considerados “preocupantes” no texto, afirmando, por exemplo, que ele dá “amplos poderes a um órgão governamental para decidir o que os brasileiros podem ver na internet”.
Flávio Dino
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou parecer da Secretaria Nacional do Consumidor e vê possibilidade de prática abusiva do Google e do Twitter - que teria derrubado as contas de alguns usuários -, em campanha das empresas de tecnologia contra o PL das Fake News.
“Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas”, escreveu Dino em sua conta no Twitter.
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