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ATENTADO

Pai de atirador do ES diz que filho não pode ficar 'impune'

Adolescente almoçou com os pais após cometer ataque sem falar no assunto

Por Da Redação

28/11/2022 - 13:36 h
Quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas em atentado
Quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas em atentado -

O pai do adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros contra duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, relatou que o filho aprendeu a atirar vendo vídeos no YouTube, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Após alvejar 16 pessoas, ele voltou para casa, almoçou com os pais e ainda seguiu para outra propriedade da família sem falar no assunto.

O atentado deixou quatro pessoas mortas e outras 12 ficaram feridas. O pai do adolescente, que é policial militar, pediu perdão às famílias das vítimas e disse que o filho precisa ser punido pelo que fez. Ele também afirmou que não pretende evitar a punição que vai sofrer por ter falhado no acautelamento da arma que mantinha em casa.

"Meu mais profundo sentimento de pesar. Sei que a tragédia que ceifou várias vidas foi cometida por meu filho, um filho criado com todo amor e carinho. Mas não consigo entender o que o levou a cometer esse atentado. Se eu pudesse, pediria para cada família o perdão para meu filho, apesar de saber que diante de tamanha dor isso é algo impossível. Gostaria de poder pedir o perdão e dar minha explicação para cada parente das vítimas, mesmo que fosse em vão", declarou.

Ainda segundo a publicação, ele desmentiu as acusações de que teria preparado o filho para o ataque. O policial ainda contou que está recebendo ameaças de morte por conta das montagens e acusações falsas que circulam nas redes sociais. E, por segurança, deixou a cidade de Aracruz.

“Estão achando que eu sou um grande monstro que treinei meu filho, que dei minha arma para ele, que induzi ele a fazer isso. Estamos arrasados. Se eu pudesse, pediria perdão a cada parente dessas vítimas”, disse.

O militar também revelou que o filho apresentou uma mudança drástica de comportamento nos últimos dois anos. De acordo com ele, isso aconteceu depois do adolescente ter sofrido bullying em uma escola que frequentou até o 9º ano e que não era nenhuma das duas em que cometeu o atentado. O garoto faz tratamento psiquiátrico e é socialmente recluso.

O adolescente foi apreendido em casa e, conforme a Polícia Civil, se entregou no momento da detenção. O adolescente estaria portando duas armas de fogo, um revólver calibre 38 e uma pistola, que pertencia ao pai. o atirador estava munido ainda de carregadores quando invadiu a primeira escola. Ele teria ido diretamente à sala dos professores, onde ameaçou profissionais no local e começou a atirar. Em seguida, foi até a segunda unidade de ensino, localizada na mesma avenida.

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