BRASIL
Passageiro acusa motorista de ônibus por homofobia na Zona Leste
Um morador da Zona Leste de São Paulo acusou um motorista de ônibus da SPTrans de homofobia na manhã do último sábado, 07. Segundo o passageiro, o motorista o agrediu com socos e o obrigou a descer do veículo na Avenida Maria Luiza Americano, na Cidade Líder, após a vítima beijar um rapaz que o acompanhava no trajeto.
O passageiro afirma que tudo começou quando o nariz dele começou a sangrar. O rapaz, então, dedicou sua atenção a ele e o beijou. Eles estavam acompanhados também da prima de vítima, voltando de uma festa. Neste momento, o motorista do ônibus teria se irritado com a cena, parado o veículo e mandado, aos gritos, que eles descessem do ônibus.
O ator Marcello Santanna, porém, se recusou. "Disse que tinha pago e perguntei qual seria o motivo pra gente sair", explica.
Ele mudou de ideia quando o motorista deixou o volante e caminhou em direção ao grupo. "Levantei as mãos e disse 'tá tudo bem, eu vou embora', ele já veio nos socos, sem ao menos em nem ter tempo pra terminar de falar. O rapaz e minha prima desceram pra me socorrer, o motorista entrou na lotação e foi embora", afirma o passageiro.
O que diz a SPTrans
A SPTrans repudia a violência relatada pelo passageiro e informa que vai colaborar com as investigações policiais. A SPTrans já encaminhou o caso à empresa que opera a linha para que identifique o motorista e tome as providências cabíveis em relação a seu funcionário.
Como gestora do sistema de transporte público, a SPTrans realiza junto às empresas operadoras o programa Viagem Segura, com treinamentos que incluem itens como condução segura, respeito aos passageiros, idosos e pessoas com mobilidade reduzida além de conduta durante casos de abuso. Em 2018, o programa treinou 62.739 trabalhadores entre motoristas, cobradores e fiscais.
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