Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

ATAQUES EM ESCOLA

Pesquisa: Brasil soma 25 atentados em escolas com 46 mortes em 22 anos

Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas

Por Da Redação

19/06/2023 - 20:37 h | Atualizada em 19/06/2023 , 21:39
Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas
Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas -

O Instituto Sou da Paz apresentou mapeamento inédito sobre os números envolvendo ataques em escolas no Brasil. 25 ataques já foram registrados na história no país, que deixaram 139 vítimas: 46 fatais e 93 não fatais. Revólveres e pistolas foram usados em onze casos, contra dez com armas brancas, e os ataques a tiros geraram três vezes mais vítimas fatais do que as ocorrências com armas cortantes ou perfurantes.

Em média, os casos com arma branca tiveram uma vítima fatal e três não fatais, enquanto os com uso de arma de fogo resultaram em três vítimas fatais e cinco não fatais. Coincidência ou não, dois dos três casos de maior número de vítimas ocorreram a partir de 2019, o mesmo ano em que teve início a flexibilização do acesso às armas promovida pelo governo Bolsonaro.

O mapeamento aponta também que em 60% dos casos, as armas de fogo já estavam na residência do agressor e pertenciam ao pai, mãe ou a outro parente que residia na mesma casa. Em 40% dos casos, as armas de fogo eram de um servidor da área da segurança (policial, perito, guarda) e 20% foram subtraídas de seu proprietário legal e revendidas ou vendidas diretamente por ele.

O Instituto Sou da Paz traçou também o perfil dos agressores e verificou que na maior parte é composta por alunos e ex-alunos e em pelo menos 20 casos houve o planejamento por semanas ou meses. Este diagnóstico reforça que há um prazo hábil para que a comunidade escolar (funcionários, professores, alunos e pais) possa notar mudanças de comportamento ou até atos preparatórios e consiga tomar medidas para intervir precocemente e prevenir os ataques. Por isso, é necessário estruturar e preparar a comunidade escolar para identificar os sinais antes dos ataques e agir com eficácia.

“O estudo mostra que a disponibilidade de armas em residências favorece esse tipo de crime e aumenta a letalidade, colocando em evidência o quão crucial é o controle do acesso às armas para redução da letalidade destes eventos, já que outros tipos de ferimentos com armas brancas e armas de pressão são menos graves e têm mais chances de defesa, socorro e recuperação da vítima“, diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

Onde ocorreram os ataques

Treze unidades da federação tiveram ataques e somente o estado de São Paulo registrou mais do que dois. Na divisão entre cidades, apenas o Rio de Janeiro teve mais de um caso. Em termos regionais, o Sudeste, seguido por Nordeste e Sul, Centro-Oeste e a região Norte.

Recomendações

No estudo, o Instituto Sou da Paz traz algumas recomendações para a prevenção de novos casos com foco em diferentes atores, principalmente órgãos de segurança e educação, como:

– Corresponsabilização de plataformas digitais.

– Criação de equipes policiais treinadas em monitoramento de redes sociais com capacidade de realização de análise de risco, para triagem e atuação preventiva.

– Fortalecimento da ronda escolar, fortalecimento de vínculos entre a direção da escola e batalhões locais.

– Treinamento e estabelecimento de protocolo de ação para que policiais militares possam responder a estes eventos de modo a eliminar a ameaça mais rapidamente possível, preparar socorro e evacuação das vítimas.

– Estabelecimento de programas específicos para a saúde mental dos estudantes e de

mediação e justiça restaurativa nas escolas para lidar com conflitos e bullying, que devem ser conduzidos por profissionais dedicados a esta atividade, sem sobrecarregar professores com mais estas atribuições.

-Treinamento de professores e funcionários para que consigam identificar comportamentos que precisam despertar ações da comunidade escolar.

– Criar ações para instruir as pessoas a evitarem repassar boatos e mensagens sem procedência identificada, para evitar pânico.

– Endurecimento do controle e fiscalização da compra de armas de fogo e munições para restringir o acesso a instrumentos mais letais por parte dos agressores.

– Rever facilitações dadas para permissão de adolescentes (a partir de 14 anos) a clubes de tiro, ainda que acompanhados de um responsável.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

armas de fogo ataque a escola Instituto Sou da Paz

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas
Play

Vídeo: homem arremessa notas de dinheiro pela janela de apartamento

Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas
Play

Filho de Maguila espanca ambulante na frente de casa de shows

Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas
Play

Pneu de trator estoura e destrói carro estacionado; assista

Instituto Sou da Paz apresentou levantamento inédito sobre ataques em escolas
Play

Mulher tem surto, entra no Planalto pelada e pede para falar com Lula

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA