PESQUISA
Pesquisadores brasileiros usam pele de tilápia em tratamento ocular
Técnica acelera a recuperação de úlceras e feridas na córnea

Por Isabela Cardoso

A pesquisa nacional deu um salto importante ao desenvolver um biotecido feito a partir da pele de tilápia para tratar lesões oculares em cães. A técnica, criada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, acelera a recuperação de úlceras e feridas na córnea, uma das principais causas de perda de visão em pets.
O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC identificou que a pele de tilápia, rica em colágeno tipo I, possui propriedades ideais para cicatrização. Após rigoroso processamento, ela se transforma em uma membrana fina e segura, utilizada como enxerto durante cirurgias oculares.
Como funciona o tratamento com a membrana de tilápia
Aplicada diretamente sobre a córnea lesionada, a membrana protege o olho e estimula a regeneração do tecido. Segundo a veterinária Mirza Melo, mais de 400 cães já foram tratados. O material libera colágeno aos poucos, reduzindo dor, evitando complicações e diminuindo a necessidade de novos procedimentos.
Alternativa nacional às membranas importadas
Hoje, clínicas veterinárias dependem de membranas biológicas importadas, mais caras e de difícil acesso. O biomaterial produzido no Brasil oferece uma solução acessível, sustentável e eficiente, fortalecendo a autonomia tecnológica do país.
Com a membrana de tilápia, o país amplia sua presença no setor de inovação para saúde animal. A tecnologia reforça o potencial brasileiro no desenvolvimento de biomateriais e abre caminho para novas aplicações terapêuticas.
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