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PF diz que suspeito confessou assassinato de Bruno e Dom

Polícia Federal ainda procura pelos restos mortais do jornalista e do indigenista

Publicado quarta-feira, 15 de junho de 2022 às 18:35 h | Atualizado em 15/06/2022, 21:22 | Autor: Da Redação
Polícia Federal ainda busca localizar os corpos de indigenista e jornalista.
Polícia Federal ainda busca localizar os corpos de indigenista e jornalista. -

Dez dias após o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira, 41, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57, fontes da Polícia Federal confirmaram que ambos foram assassinados. Os dois irmão presos durante as investigações confirmaram a execução.

Em depoimento à PF, Amarildo da Costa de Oliveira, 41, conhecido como "Pelado", confessou que Bruno e Dom foram mortos e tiveram os corpos esquartejados e queimados. A Polícia Federal realiza buscas no Vale do Javari para localizar os corpos, o que não foi confirmado até o fim da tarde.

Na terça-feira, 14, a Polícia Federal prendeu Oseney da Costa Oliveira, conhecido como Dos Santos, também de 41 anos, irmão de  Amarildo, por suposto envolvimento no caso.

Antes de sumir, Bruno, que era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e Phillips haviam partido da Comunidade São Rafael em uma viagem com duração prevista de duas horas rumo a Atalaia do Norte, mas eles não chegaram ao destino.

Bruno e Dom desapareceram no último dia 5 e, segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), entidade com a qual Bruno Pereira colaborava, o indigenista vinha recebendo constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

Segundo o jornal britânico "The Guardian", do qual Phillips era colaborador, o repórter estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente. Ele morava em Salvador e escrevia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos.

Amarildo está detido desde 7 de junho. Segundo a polícia, ele foi visto por ribeirinhos, no dia do desaparecimento, em uma lancha logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips. Os agentes encontraram vestígios de sangue no barco de Pelado. A PF investiga a versão de que os tiros tenham sido disparados por um terceiro suspeito.

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