PF indicia navio grego por manchas de óleo no mar e calcula prejuízo de ao menos R$ 188 mi | A TARDE
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PF indicia navio grego por manchas de óleo no mar e calcula prejuízo de ao menos R$ 188 mi

Publicado quinta-feira, 02 de dezembro de 2021 às 10:46 h | Atualizado em 02/12/2021, 10:50 | Autor: Da Redação
Desastre ambiental ocorreu em 2019. No prejuízo calculado pela PF ainda não consta impacto para comunidades litorâneas | Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE
Desastre ambiental ocorreu em 2019. No prejuízo calculado pela PF ainda não consta impacto para comunidades litorâneas | Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE -

O vazamento de óleo de uma embarcação grega, que manchou as águas do Nordeste, causou um prejuízo de ao menos R$ 188 milhões, segundo a Polícia Federal (PF). A poluição aconteceu em agosto de 2019. Manchas foram identificadas na costa nordestina até março de 2020, atingindo uma área de mais de 2000 km. As informações são de Folha de São Paulo.

No valor calculado pela PF ainda não estão incluídos os impactos às comunidades pesqueiras, marisqueiras e ao turismo. A PF indiciou o dono da empresa marítima grega Delta Tankers, ao lado de dois tripulantes. 

De acordo com a Folha, as investigações apontam que o comandante da embarcação, Konstantinos Panagiotakopoulos, e o chefe de máquinas, Pavlo Slyvka, são responsáveis pelo desastre, já que não informaram o vazamento às autoridades marítimas.

Os culpados foram apontados após cruzamento de dados do relatório da empresa Hex Tecnologias Geoespaciais e da apuração da Marinha brasileira, que indicavam que o navio grego NM navio Bouboulina havia feito o trajeto na área afetada no mesmo período.

Impacto na Bahia

Em outubro de 2019, 15 municípios baianos entraram em estado de emergência após as manchas de óleo serem identificadas em suas praias. Em novembro do mesmo ano, prefeitos do sul do estado buscaram construir ações conjuntas para enfrentar os impactos do vazamento de petróleo no litoral baiano. O uso das águas para coleta de mariscos, pesca e banho foi impedido. Análises do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) avaliaram a evolução das manchas até índices de substâncias tóxicas serem reduzidos.

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