PF intima três agentes após Abin convocar reunião durante operação

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, convocou na quinta-feira, 25, uma reunião emergencial com a cúpula para tratar da operação Polícia Federal (PF), que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal na agência.

Na última sexta-feira, 26, a PF intimou 3 funcionários da gestão que participaram da reunião. O objetivo dos investigadores é identificar o teor do encontro.

Em depoimento à corporação, os funcionários da Abin relataram que Corrêa demonstrou insatisfação com a participação da corregedoria da Abin e da CGU (Controladoria Geral da União) na operação. Ele teria chamado os agentes de “bandalha”.

A PF recolheu todos os arquivos produzidos pelo CIN (Centro de Inteligência Nacional) de 2019 de 2021, época que era chefiada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que também foi alvo da operação.

De acordo com a PF, um dos alvos da operação autorizada por Moraes, Ramagem é investigado por “instrumentalizar” a agência para fins políticos.

Em relatório encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que autorizou a ação, a PF já informou ter encontrado indícios de “possível conluio” entre integrantes da atual gestão da Abin com investigados pelo monitoramento de autoridades.