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Plano de saúde individual vai ficar mais barato após ANS aprovar 1ª redução da história

Publicado quinta-feira, 08 de julho de 2021 às 20:05 h | Atualizado em 08/07/2021, 20:07 | Autor: Da Redação
A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da ANS que considerou a redução de despesas em razão da pandemia de Covid-19 no último ano I Foto: Agência Brasil
A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da ANS que considerou a redução de despesas em razão da pandemia de Covid-19 no último ano I Foto: Agência Brasil -

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nesta quinta-feira, 8, um reajuste negativo, de -8,19%, para os planos de saúde individuais. Na prática, isso significa que as mensalidades para estas contratações vão ficar mais baratas, pela primeira vez nos 20 anos de história da ANS.

A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da ANS que considerou a redução de despesas em razão da pandemia de Covid-19 no último ano, que não só afastou as pessoas das consultas em geral, como também as cirurgias eletivas que foram suspenas em determinados momentos. O impacto foi grande mesmo com a própria demanda dos pacientes com o novo coronavírus nas emergências e também os que precisaram de internação.

"Ao longo de 2020, em virtude da pandemia, os gastos do setor com atendimento assistencial, oriundos de procedimentos como consultas, exames e internações, sofreram quedas significativas comparadas aos anos anteriores, tendo em vista que o distanciamento social foi uma das medidas protetivas. Muitos beneficiários deixaram de realizar atendimentos não urgentes", afirmou Rogério Scarabel, diretor-presidente substituto da ANS. 

Scarabel explica que a redução do preço é obrigatória e a operadora que não aplicar devidamente irá descumprir a legislaçaõ.

É obrigatório de 1.º de maio de 2021 a 30 de abril de 2022 [...] Está vedada a aplicação de reajuste maior ou reajuste zero, sob pena de descumprimento da legislação vigente", explicou.

Os planos de saúde, por outro lado, se mostram preocupados com a demanda reprimida. Com o fim da pandemia, muitas pessoas podem querer cuidar daquilo que adiou no período. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destaca que 2021 já foi bem diferente de 2020, o que mostra a tendência.

"A segunda onda da pandemia, que foi bem mais intensa do que a primeira, o retorno da demanda reprimida de procedimentos eletivos e a elevação dos preços de medicamentos e demais insumos, inclusive com aumento de tributação, ampliaram significativamente as despesas, o que impactará fortemente no reajuste de 2022", diz a Abramge em nota divulgada.

Representante de 15 empresas do ramo, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) também emitiu uma nota para manifestar a preocupação e a previsão de aumento dos "custos assistenciais" nos "próximos meses".

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