BRASIL
Polícia pede prisão dos assassinos de Pedrinho Matador
Serial Killer de 68 anos foi abordado por dois homens em Mogi das Cruzes
Por Da Redação
Depois de três meses do assassinato de Pedro Rodrigues Filho, mais conhecido como Pedrinho Matador, de 68 anos, a Polícia Civil de Mogi das Cruzes, na região da leste da Grande São Paulo, no Alto do Tietê, pediu a prisão de um dos suspeitos pela morte de um dos maiores serial killer do Brasil.
O delegado Rubens Angelo, titular do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa da cidade, disse que já esclarece a motivação para o homicídio. O suspeito ainda não foi preso e ainda a identidade dos dois comparsas dele ainda está sob investigação, segundo informações do jornal Metrópoles.
De acordo com o jornal, o delegado disse que não pode entrar em detalhes para não prejudicar as investigações e que tudo será revelado no momento oportuno. Um dos maiores desafios para a polícia na busca de envolvidos é o passado de Pedrinho Matador.
Pedrinho Matador estava em liberdade desde 2018. Depois de ser condenado por 71 homicídios, que tiveram início em 1970, ele cumpriu 42 anos de prisão.
Conforme o Metrópoles, ele foi preso na manhã desta segunda-feira, 5, por dois homens quando estava sentado em uma cadeira na Rua José Rodrigues das Costas, em Mogi das Cruzes.
A polícia informou que um homem com uma máscara do palhaço Coringa atingiu Pedrinho com ao menos quatros tiros de pistola. Depois disso, ele foi degolado com uma faca de cozinha pelo comparsa do outro criminoso, que usava uma máscara cirúrgica. Ambos fugiram em um Volkswagen Gol, com placas da capital paulista, guiados por um terceiro homem.
Segundo o Metrópoles, os assassinos pediram que a sobrinha de consideração de Pedrinho Matador, que o acompanhava, deixasse o local de antes de executá-lo. Ainda conforme o jornal, o delegado Rubens José Ângelo avalia que o crime foi uma execução por suas características. “Uma das motivações pode ter sido vingança”, afirmou à época Ângelo
Pedrinho tinha o costume de fazer análise de situações cotidianas nas redes sociais e tinha revelado quatro dias antes de ser assassinado que estava de passagem por Mogi das Cruzes.
Passado sangrento
O primeiro crime de Pedrinho foi quando ele tinha 13 anos. Ele disse que empurrou um primo no moedor de cana-de-açúcar e depois com um facão.
Nascido em Santa Rita do Sapucaí, município do sul de Minas Gerais, o serial killer tinha uma rachadura no crânio por causa dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação.
Aos 14 anos, ele matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir seu pai, que tinha sido acusado de furtar lanches destinados aos estudantes da escola onde ele trabalhava como guarda. Após isso, Pedrinho também assassinou outro vigia da unidade de ensino, pois acreditava que seria o verdadeiro responsável pelos furtos.
Depois de cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido por roubar bocas de fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico. Ele só foi preso em 1973, aos 18 anos, Na época, foi condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos.
Pedrinho dizia que matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. Ele dizia não aceitar algumas condutas criminosas e afirmava nunca ter matado crianças, mulheres e pais de família.
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