Presidente da Itapemirim é afastado do cargo após assembleia

O presidente do Grupo Itapemirim, o empresário Sidnei Piva, foi afastado do cargo pelos credores da empresa, após assembleia realizada nesta quarta-feira, 18.

Ele, segundo o G1, está envolvido em diversas polêmicas dentro do processo de recuperação judicial da empresa, iniciado em 2016.

Uma das mais recentes controvérsias está o fracasso dele na tentativa de criar uma companhia aérea, a ITA, que parou de operar em dezembro do ano passado, depois de seis meses no ar.

Ainda segundo o portal, pessoas que acompanharam a audiência apontaram que a votação terminou com 99,6% dos credores defendendo o afastamento do executivo.

Na ocasião, Piva tentou passar um aditivo em que ele venderia um terreno avaliado em R$ 90 milhões para pagar credores e assim continuar no cargo. Porém, este foi recusado.

Em nota, o Grupo Itapemirim disse que o empresário Sidnei Piva e toda a diretoria do Grupo Itapemirim acatam a decisão da assembleia geral de credores, “mas com resiliência, usarão todos os recursos legalmente disponíveis em todas as instâncias da Justiça”, disse.

Entenda

Piva foi afastado do controle da Itapemirim no final de fevereiro deste ano. Em 17 de março conseguiu voltar, após decisão da 1º Vara de Falências do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O executivo se envolveu em uma polêmica ao tentar vender a ITA no momento em que retomou o controle da empresa. O negócio, entretanto, foi desfeito.

Já segundo documentos que o portal Valor Econômico teve acesso, a venda foi fechada em 21 de março, um dia antes de o executivo ser novamente afastado - decisão que se mantinha até hoje mesmo antes da votação dos credores por afastá-lo.