“NÃO ESTRAGOU A PÁSCOA DE NINGUÉM”
Presidente do STM minimiza áudios sobre tortura na ditadura
O general Luiz Carlos Gomes Mattos disse que notícias sobre o tema foram tendenciosas contra as Forças Armadas
![O general Luiz Carlos Gomes Mattos falou que ficou incomodado com a repercussão sobre o passado das Forças Armadas durante o período ditatorial](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1190000/1200x720/Artigo-Destaque_01193250_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1190000%2FArtigo-Destaque_01193250_00.jpg%3Fxid%3D5415949%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720666735&xid=5415949)
O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general Luiz Carlos Gomes Mattos, nesta terça-feira, 19, resolveu se manifestar a respeito dos áudios de ministros da Corte durante a ditadura que apontam a prática de tortura por agentes das Forças Armadas no período de 21 anos em que vigorou o regime de exceção.
De acordo com Mattos, a divulgação dos áudios “Não estragou a Páscoa de ninguém", fazendo referência à data que as gravações foram reveladas. O ministro ainda disse que as notícias sobre o assunto foram “tendenciosas” e tiveram o objetivo de “atingir as Forças Armadas”.
“A gente já sabe os motivos, do porquê isso vem acontecendo nesses últimos dias, seguidamente, por várias direções, querendo atingir as Forças Armadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, nós que somos quem cuida da disciplina, da hierarquia. Não temos resposta nenhuma para dar, simplesmente ignoramos uma notícia tendenciosa daquela, que nós sabemos o motivo”, disse o ministro sem dar detalhes do que seriam esses motivos.
Apesar de dizer que não quis ouvir os áudios, o presidente do STM falou que ficou incomodado com a repercussão sobre o passado das Forças Armadas durante o período ditatorial. “Não têm nada para buscar hoje, vão buscar no passado, rebuscar o passado. Só varrem um lado. Não varrem o outro. É sempre assim, já estamos acostumados com isso”, afirmou.
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