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Prevent Senior promete suspender uso do 'kit-covid'

Publicado sexta-feira, 22 de outubro de 2021 às 20:06 h | Atualizado em 22/10/2021, 20:09 | Autor: Da Redação
Empresa assinou assinou o Compromisso de Ajustamento de Conduta do MP de SP. | Foto: Divulgação/ Prevent Senior
Empresa assinou assinou o Compromisso de Ajustamento de Conduta do MP de SP. | Foto: Divulgação/ Prevent Senior -

A operadora de saúde Prevent Sênior anunciou nesta sexta-feira, 22, que assinou o Compromisso de Ajustamento de Conduta do Ministério Público de São Paulo. Entre as medidas do documento, a empresa se compromete a interromper a distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada.

Os documentos especificados foram: cloroquina, hidroxicloroquina, flutamida, etarnecepte, azitromicina, oseltamivir, ivermectina, nitazoxanida, colchicina, zinco, corticoides, vitaminas e anticoagulantes.

O documento foi proposto pelo MP na sexta-feira, 15, e é artifício utilizado para ajustar condutas consideradas ilegais. Participaram da confecção do documento a Associação Paulista de Medicina (APM), Sindicato dos Médicos de São Paulo, além de especialistas em saúde.

Além deste documento, o MP e a Prevent ainda vão debater sobre o pedido de indenização por dano moral coletivo pelo uso de medicamentos sem comprovação cientifica no tratamento contra a Covid-19.

A empresa foi alvo da CPI da Covid. Durante uma das sessões, o diretor-executivo, Pedro Benedito Batista Júnior, assumiu que a empresa usou meios para alterar o código de diagnóstico dos pacientes com Covid-19 e deixando de registrar a doença após 14 ou 21 dias.

Segundo o advogado da Prevent, Aristides Zacarelli Neto, "a natureza jurídica do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] não proclama inocência, não produz prova e não admite culpa. É um acordo", disse em  entrevista ao Uol. 

Também na CPI, ex-médicos revelaram que eram obrigados pela operadora a receitar medicamentos do 'kit-covid', além de sofrerem assédios constantes para prescrever os medicamentos, inclusive em ocasiões em que o caso do paciente requer o não uso dos mesmos por grave risco de vida.

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