Prevent Senior promete suspender uso do 'kit-covid'
A operadora de saúde Prevent Sênior anunciou nesta sexta-feira, 22, que assinou o Compromisso de Ajustamento de Conduta do Ministério Público de São Paulo. Entre as medidas do documento, a empresa se compromete a interromper a distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada.
Os documentos especificados foram: cloroquina, hidroxicloroquina, flutamida, etarnecepte, azitromicina, oseltamivir, ivermectina, nitazoxanida, colchicina, zinco, corticoides, vitaminas e anticoagulantes.
O documento foi proposto pelo MP na sexta-feira, 15, e é artifício utilizado para ajustar condutas consideradas ilegais. Participaram da confecção do documento a Associação Paulista de Medicina (APM), Sindicato dos Médicos de São Paulo, além de especialistas em saúde.
Além deste documento, o MP e a Prevent ainda vão debater sobre o pedido de indenização por dano moral coletivo pelo uso de medicamentos sem comprovação cientifica no tratamento contra a Covid-19.
A empresa foi alvo da CPI da Covid. Durante uma das sessões, o diretor-executivo, Pedro Benedito Batista Júnior, assumiu que a empresa usou meios para alterar o código de diagnóstico dos pacientes com Covid-19 e deixando de registrar a doença após 14 ou 21 dias.
Segundo o advogado da Prevent, Aristides Zacarelli Neto, "a natureza jurídica do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] não proclama inocência, não produz prova e não admite culpa. É um acordo", disse em entrevista ao Uol.
Também na CPI, ex-médicos revelaram que eram obrigados pela operadora a receitar medicamentos do 'kit-covid', além de sofrerem assédios constantes para prescrever os medicamentos, inclusive em ocasiões em que o caso do paciente requer o não uso dos mesmos por grave risco de vida.