BRASIL
Procuradora com rendimento de R$ 41,8 mil lamenta: 'Pires na mão'
Uma outra procuradora, que ganha cerca de R$ 60 mil, afirmou que salário "só dá para suas vaidades"

Por Da Redação

O aumento do salário mínimo, que passou a ser vigente no mês de maio, elevou para R$ 1.320 o rendimento básico da população brasileira. Sob essas condições, um salário 31,6 vezes maior do que o estipulado na Constituição é um sonho para 99,9% dos que se enquadram nesta faixa.
Já para a procuradora Yara Alves Ferreira e Silva, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o rendimento liquido total de R$ 41,8 mil é insatisfatório e a coloca em situação de "estar com o pires na mão", sinônimo de "pedir esmola".
"Estamos hoje em uma situação de pires na mão. Humilhados e agachados diante de todos os servidores de carreira jurídica no estado. Qual a razão desse tratamento?", questionou durante a 5º sessão ordinária do Colégio de Procuradores de Justiça, no dia 29 de maio.
Segundo o Portal da Transparência do MPGO, Yara recebeu mais de R$ 60 mil em rendimentos brutos no mês de maio
Na mesma sessão, a procuradora Carla Fleury, que já chegou a receber R$ 72 mil em um mês, reclamou do seu salário, que, de acordo com ela, só dá para "suas vaidades" e disse ter "dó" dos promotores "que estão iniciando a carreira" e que ganham cerca de R$ 30 mil.
“Graças a Deus meu marido é independente. Eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades. Graças a Deus. Só para os meus brincos, minhas pulseiras, meus sapatos”, afirmou Carla.
Em nota, o Ministério Público de Goiás disse que as declarações das procuradoras são "de cunho pessoal e não representam o pensamento da instituição".
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