Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
04/11/2022 às 21:18 - há XX semanas | Autor: Da Redação

AMAPÁ

Professora deixa de orientar doutorandos em Farmácia por apoiarem Lula

Professora usou suas redes sociais para pedir desculpas pela postura partidária adotada

Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula
Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula -

Uma professora bolsonarista, orientadora do curso de Doutorado em Farmácia da Unifap (Universidade Federal do Amapá), deixou de orientar alunos após tomar conhecimento que eles apoiavam o candidato eleito no 2º turno das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Identificada como Sheylla Susan de Almeida, a docente comunicou a decisão aos doutorandos através de um grupo de WhatsApp. Nas mensagens, a professora diz que "não quer esquerdistas no laboratório" de Farmácia.

"Procurem outro professor para orientar vocês. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vocês. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês, e que Deus os abençoe", escreveu a docente.

| Texto Auxiliar: Alinhamento Texto Auxiliar: Link Externo: Alinhar à esquerda: Alinhar à direita: Alinhar ao centro: Fullscreen: Fullscreen Exit: Conteúdo Sensível: Estilo:

Uma das alunas dispensadas foi Débora Arraes, de 35 anos. Ela também é professora da UEAP (Universidade do Estado do Amapá), e realiza pesquisa de doutorado na Unifap.

Ela afirma que a orientadora é "declaradamente negacionista" mas que, até então, "nunca havia demonstrado comportamento semelhante" com seus alunos.

"Fui informada de que eu estava sendo desligada pelo fato de eu ter votado no Lula. Ela nunca havia demonstrado posicionamento semelhante por questões políticas. Nas redes sociais, ela é declaradamente negacionista, mas eu, como aluna e também professora, entendo que são posições que não deveriam ser consideradas numa relação entre orientador e orientando", disse Débora.

A aluna acredita que a professora tenha tomado a medida após ver suas publicações de apoio a Lula nas redes sociais.

"Fiz algumas postagens nas minhas redes sociais, não compartilhei no grupo nem com ela, mas mesmo assim, acredito que em razão dessa foto postada por mim, a professora tomou esse posicionamento", afirma a discente.

Nas redes sociais, a professora costuma publicar mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, além de atacar as universidades públicas e medidas adotadas contra a pandemia de covid, a exemplo do lockdown e vacinas.

A professora voltou atrás e usou as redes sociais para se desculpar e disse que se "excedeu nas palavras". "De início, cabe esclarecer que sou ser humano como qualquer outra pessoa capaz reproduzir sentimentos instantâneos. Dessa forma, no calor das eleições, acabei me excedendo nas palavras onde disse para dois alunos que procurassem outro Orientador. No entanto, minha missão como professora não acolhe esse tipo de conduta, posto que dediquei a minha vida pela educação", diz o texto compartilhado no Facebook.

Em uma postagem na sua rede social a professora diz que as máscaras, lockdown e vacinação "não resolveram". "E se você questionar o fracasso de todas as medidas que garantiram trazer a sua liberdade de volta: negacionista".

As vacinas contra a covid-19 são testadas e aprovadas por órgãos de saúde em várias partes do mundo, a exemplo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em 2021, pouco tempo depois da primeira aplicação do imunizante, diversos países já apresentaram quedas no número de mortes.

Nas redes, a professora ataca as universidades nos governos do PT, mas no currículo Lattes, informa que recebeu bolsa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para cursar o doutorado, entre 2003 a 2008, na UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela está na Unifap desde 2011.

Em nota, a Unifap informou que "tomou conhecimento por meio das redes sociais do fato caracterizado como assédio". A instituição fala em "indignação" e que busca "contrapor toda e qualquer forma que reprima o pensamento ou liberdade de nossos acadêmicos e servidores".

"Registra-se que a Unifap não concorda com tal conduta e os fatos estão sendo apurados, bem como serão adotadas as providências necessárias após as devidas apurações", concluiu.

Assuntos relacionados

Amapá assédio Sheyla Susan de Almeida Unifap Universidade Federal do Amapá

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Amapá assédio Sheyla Susan de Almeida Unifap Universidade Federal do Amapá

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

Amapá assédio Sheyla Susan de Almeida Unifap Universidade Federal do Amapá

Publicações Relacionadas

A tarde play
Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula
Play

Quadrilha de Pernambuco que roubava hospitais é presa na Bahia

Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula
Play

Saiba quem é motorista de Porsche que matou motociclista em acidente

Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula
Play

Motorista de Porsche é preso após atropelar e matar motociclista; veja

Sheylla Susan de Almeida disse que se recusava a orientar alunos de doutorado que tivessem apoiado Lula
Play

Vídeo: casal faz sexo ao lado de criança em praia do litoral

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA