Promotora de Justiça da 'milícia' de Bolsonaro posta propagandas nazistas em rede social

A promotora Marya Olímpia Ribeiro Pacheco, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que se define como integrante da "milícia das mídias sociais" do presidente Jair Bolsonaro, compartilhou propagandas nazistas em seu perfil na rede social.

Ao menos sete cartazes com conteúdos nazistas foram compartilhados, entre eles mensagens em apoio ao ditador Adolf Hitler, publicados no dia 17 de setembro de 2016 no Facebook. Segundo informações do Congresso em Foco, até a matéria ir ao ar, as postagens estavam com livre acesso do público, mas logo depois passaram a ter acesso restrito.

Uma das publicações traz a frase "Kämpft für führer und volk” (“lute pelo líder e pelas pessoas”) e outra convoca os trabalhadores a participarem do exército de Hitler, um dos líderes no Holocausto, que vitimou cerca de 6 milhões de pessoas em sua história.

O Facebook não quis comentar o motivo das postagens terem permanecido no ar na página da promotora de Justiça por cinco anos.

A Lei Federal Antirracismo (Lei 7.716, de 1989) diz que é crime “veicular símbolos” do nazismo “para fins de divulgação. A pena prevista é de multa e prisão de dois a cinco anos.

Em 2019, ela compartilhou uma espécie de carteirinha da "milícia das mídias sociais" de Bolsonaro. Um ano antes, posou ao lado do guru Olavo de Carvalho a quem atribuiu a salvação da sua "vida".

Marya é autora do pedido de arquivamento do processo criminal contra o deputado bolsonarista Major Victor Hugo, coordenador da Fundação Palmares durante o governo Bolsonaro e que costuma promover a "cura gay" em suas redes sociais.

Desde 1999, a prática de tentar "curar" a sexualidade de qualquer pessoa é vedada pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM 1/1999) a todos os profissionais.