MENOR EM 10 ANOS
Queda de investimentos em bolsas de pesquisa preocupa especialistas
Tanto o CNPq como a Capes têm tido orçamento reduzido, o que prejudica a formação de novos cientistas
Com quedas drásticas entre 2015 e 2016, os investimentos em bolsas de pesquisa atuais não são suficientes para a formar capital humano nacional necessário para a produção de ciência e tecnologia que o Brasil precisa, apontam especialistas.
“A ciência acontece em longo prazo. Demora anos, até décadas, para maturar o conhecimento. Se há um financiamento incerto ou interrompido, inviabiliza progressos na área da ciência e impossibilita que o Brasil acompanhe o mundo em seus avanços em grande e pequena escala”, disse o professor de estudos sociais da ciência e tecnologia da Unicamp, Marko Monteiro, em entrevista ao site Metrópoles.
Em 2021, foram liberadas 149.402 bolsas de incentivo à pesquisa científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e 93.320 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Em 2015, esses números eram, respectivamente, 196.215 e 101.220.
O orçamento com as bolsas no CNPq, em 2014, foi de R$ 2.527.519.074,21, enquanto em 2021 foi de R$ 1.040.246.519,62, menos da metade que em 2014 e menor valor desde 2011. Os dados foram divulgadas pelo site Fiquem Sabendo, com base na Lei de Acesso à Informação.
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