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Saúde classifica varíola dos macacos como nível máximo de alerta

Teste desenvolvido por cientistas da Federal de Goiás detecta a doença logo no início e custa R$ 3

Publicado terça-feira, 09 de agosto de 2022 às 13:42 h | Atualizado em 09/08/2022, 13:46 | Autor: Da Redação
Brasil registrou 2.293 casos confirmados na doença
Brasil registrou 2.293 casos confirmados na doença -

O Centro de Operações de Emergência (COE Monkeypox) do Ministério da Saúde classificou a situação da varíola dos macacos no Brasil como nível máximo de emergência no território nacional.

A doença foi definida na categoria III, determinada em cenários de "excepcional gravidade". Nesta segunda-feira, o Brasil registrou 2.293 casos confirmados na doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Outros 2.363 são investigados. A pasta ainda não descarta declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Na categoria III, a doença é considerada uma “ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo uma ampla resposta governamental”, segundo o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox,.

O Plano tem 31 páginas e traz diretrizes a respeito do isolamento de casos suspeitos, identificação de sintomas, realização de campanhas de conscientização, testagem, e outros itens.

"O SUS vem envidando esforços para aquisição desses insumos para a população brasileira,mas cabe destacar que, no momento,não há disponibilidade no mercado internacional de vacinas ou medicamentos para tratamento para aquisição pelo Brasil", diz trecho do documento.

Teste rápido por R$ 3

Um teste rápido para detectar a doença foi desenvolvido por uma equipe de cientistas da Universidade Federal de Goiás (UFG). O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas.

O produto demanda apenas equipamentos comuns já atualmente usados em laboratórios e é feito com 100% de matéria prima nacional.

O valor de cada teste é de R$ 3. Ele foi produzido por pesquisadores do Instituto de Química da UFG e usa cinco reagentes que detectam o DNA do vírus e precisa ser colocado a 62º por 40 minutos para dar o resultado.

Caso seja confirmada a presença do DNA do vírus, a solução muda de cor, assim como acontece com alguns testes para Covid-19, e fica amarela. 

A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.

“Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.

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