BRASIL
Sem-terra ocupam fazenda no AL usada em rapto de juiz
Por Agencia Estado
Cerca de 80 famílias de trabalhadores rurais ligados ao Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) ocuparam na madrugada de hoje a Fazenda Humaitá, localizada em Coqueiro Seco, na região metropolitana de Maceió, Alagoas. A propriedade foi usada como cativeiro no seqüestro do juiz Paulo Zacarias, presidente da Associação dos Magistrados do Estado (Almagis).
Segundo foi apurado pela Polícia Civil, a fazenda pertence a Companhia Industrial de Alagoas (Cinal), mas estava arrendada a Robert Davino, irmão do ex-secretário estadual de Defesa Social, delegado Robervaldo Davino. No local, foram encontradas duas carcaças de carros - um Siena e um caminhão-baú. Por isso, há suspeita de que a fazenda estivesse sendo usada como desmanche de veículos roubados. A região também é utilizada para desova de corpos de vítimas da pistolagem e de grupos de extermínio. No dia 26 de maio, dois corpos em avançado estado de decomposição foram encontrados pela polícia na fazenda.
As lideranças do MLST afirmam que a ocupação visa pressionar a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas para que cumpra a meta de assentamentos de famílias no Estado. A assessoria de imprensa do Incra informou que por conta da greve dos servidores do órgão, essa e outras questões estão com a sua resolução prejudicadas. Mesmo assim a coordenadora do MLST, Teresinha Vital, informou que o Incra está concluindo o relatório sobre a região para enviá-lo a Brasília.
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