Sem uso, hidroxocloroquina doada pelos EUA ao Brasil estão encalhadas em armazéns
Mais de 2,1 milhões de comprimidos de hidroxocloroquina enviados ao Brasil pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump no ano passado estão estocados e sem uso em armazéns do Ministério da Saúde e do Exército. Com isso, o governo avalia redistribuir esses medicamentos para uso previsto em bula, como para artrite e lúpus. As informações são da Folha de S.Paulo.
Três milhões de comprimidos foram enviados ao Brasil e a doação foi muito comemorada na época pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No entanto, 70% do estoque do remédio divulgado pelo Governo Federal como a solução para a covid-19 permanece estocados. Isso porque, gestores municipais deixaram de solicitaram o medicamento com ineficácia contra a doença pandêmica.
De acordo com a Folha, em 2021, apenas oito cidades solicitaram o uso do remédio para o combate a covid-19. Além disso, há casos de prefeituras que tentam devolver lotes de comprimidos para o Ministério da Saúde.
No ano passado, o laboratório do Exército aumentou a produção de hidroxocloroquina e doses produzidas pela Fiocruz para o combate a malária foram desviadas para o uso contra a covid-19.
Informações concedidas via Lei de Acesso à Informação (LAI), há ainda 2,17 milhões de compromidos de hidroxocloquina estocados. Cerca de 1,4 milhão estão estocados em armazém do Ministério da Saúde e 780 mil guardados pelo Exército.