BRASIL
Sistema S precisa aprimorar ações de formação profissional, diz TCU
Senai, Sesi e Senac foram avaliados
Por Redação

O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu um acompanhamento sobre os indicadores operacionais dos departamentos regionais do Sistema S, que inclui Senai, Sesi e Senac, no ciclo 2023/2024. O objetivo foi avaliar a eficiência operacional, a qualidade da educação oferecida e o percentual de recursos aplicados em atividades finalísticas.
O Sistema S tem papel relevante na formação profissional e tecnológica, bem como na oferta de serviços nas áreas de saúde, lazer e cultura, contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico e social do país.
Senai: avanços e desigualdades regionais
A auditoria no Senai identificou avanços importantes, como a redução de 17,1% no custo hora-aluno para cursos presenciais e de 29,2% para os semipresenciais e de Ensino a Distância (EAD). Também houve aumento de 2,1% na aplicação de recursos em atividades-fim e de 6,9% no Índice de Desempenho da Avaliação Profissional (Idap).
Apesar dos progressos, dois departamentos regionais - Piauí e São Paulo - registraram custo hora-aluno presencial mais de 25% acima da média nacional. No entanto, o Senai/SP apresentou desempenho positivo em qualidade, com Idap de 8,3 em 2023.
Sesi: altos custos em alguns estados
No caso do Sesi, os indicadores analisados foram custo hora-aluno e aplicação de recursos nas atividades-fim. Os departamentos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro apresentaram custos do Ensino Fundamental e Médio superiores à média nacional em mais de 25%.
O Departamento Nacional do Sesi informou já ter tomado medidas para enfrentar esse cenário, como a criação da Escola Sesi de Referência, uso de material didático próprio, otimização de processos internos e implantação de ferramentas de Business Intelligence.
Senac: fragilidades no planejamento e no desempenho
A análise do Senac apontou queda no desempenho em 2023, com piora no custo hora-aula presencial e menor percentual de recursos aplicados nas atividades-fim. A auditoria também destacou fragilidades no Plano Senac Brasil 2024-2027, como ausência de indicadores-chave de desempenho e falta de clareza nos critérios de melhoria dos departamentos regionais.
O Tribunal recomendou a adoção de medidas específicas para aprimorar o monitoramento, avaliação e alocação de recursos nos três serviços. O relator do processo é o ministro Walton Alencar Rodrigues.
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