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Suspeito de furto tem mãos e pés amarrados com corda por policiais
Caso foi registrado na Vila Mariana, em SP, durante um 'arrastão'
Por Da Redação
Uma apreensão, realizada por policiais militares de São Paulo, causou polêmica nas redes sociais. Na ocorrência, os agentes são vistos amarrando um homem, suspeito de participar de um “arrastão” para furtar alimentos de um mercado, com uma corda, pelas mãos e pelos pés. Ele vive em situação de rua.
O caso ocorreu na Vila Mariana, em São Paulo, no domingo, 4, mas só viralizou na terça-feira, 6. O homem, de 32 anos, teria participado do crime com outras duas pessoas: um outro homem e um menor de idade.
Segundo informações do g1, um funcionário do mercado contou que três pessoas entraram no comércio na Zona Sul por volta das 23h30 e levaram produtos. Os PMs, então, encontraram o homem de 32 anos com duas caixas de chocolate.
De acordo com a polícia, ele teria confessado o furto de maneira informal, e desobedecido a ordem dos policiais para que se sentasse. No boletim de ocorrência consta que foi “necessário o uso da força para algemá-lo”.
Uma outra viatura prestou apoio. Ao todo, quatro PMs usaram uma corda para amarrar os homens pelas mãos e pelos pés. Segundo o BO, o suspeito chegou a dizer que “se levantaria e correria” e falou, supostamente, que “pegaria a arma dos policiais e daria vários tiros” neles, como ocorreu na Zona Leste.
O homem foi levado à UPA Vila Mariana para atendimento. Uma outra testemunha chegou a questionar o porquê do suspeito estar amarrado.
Arrastão
Segundo um funcionário do estabelecimento, o suspeito entrou no local com outras duas pessoas. Ele já seria conhecido por ações parecidas na região.
Entre os produtos levados estavam uma caixa de chocolate, cerveja, bebida alcoólicas variadas, energéticos e macarrão.
Conforme o g1, o homem que foi amarrado acabou detido por furto, crime de resistência, ameaça e corrupção de menores. O outro maior de idade foi autuado por furto e corrupção de menores, enquanto o adolescente foi apreendido por furto e resistência. O jovem já tinha passagem por furto e em "situação de completa vulnerabilidade social”.
Em nota, a PM de SP lamentou o caso e disse que a conduta dos agentes não é compatível com o treinamento e valores da instituição. Um inquérito para investigar o caso foi aberto.
"Todos foram preventivamente afastados das atividades operacionais, vez que as ações estão em desacordo com os procedimentos operacionais padrão da instituição", disse a PM.
A Prefeitura de São Paulo pediu que o caso fosse investigado. A deputada federal Tabata do Amaral (PSB) disse que vai acionar a Corregedoria da PM.
Na maior cidade da América Latina, à vista de tanta gente, vemos essa barbárie! Uma abordagem policial desumana contra uma pessoa em situação de rua, uma violação grave aos direitos humanos. Acionarei a Corregedoria para apurar esse absurdo. Que todos os envolvidos sejam punidos! pic.twitter.com/145hVwlSLo
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) June 7, 2023
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