JUSTIÇA
Thiago Brennand tem prisão preventiva decretada por estupro
Empresário, que segue foragido, é acusado por diversos crimes contra a mulher
A Justiça paulista decretou a prisão preventiva do empresário Thiago Brennand, 42, na segunda-feira, 6. A medida ocorre após denúncia de estupro feita pela modelo e estudante de medicina, Stefanie Cohen, 30.
O crime aconteceu em outubro de 2021, em um hotel na capital paulista, onde Brennand residia, conforme diz a vítima. A denúncia de Stefanie foi aceita pelo tribunal em dezembro de 2022.
Brennand, que segue foragido nos Emirados Árabes Unidos há cerca de seis meses, teve o pedido de prisão emitido quatro vezes. O processo tramita em segredo de justiça.
A modelo afirmou que foi dopada e estuprada pelo empresário. Nesta terça-feira, 7, Stefanie comentou sobre a decisão da justiça e desabafou sobre a situação numa rede social.
“Hoje está sendo um dia especialmente difícil”, afirmou a modelo no registro, ao mencionar o fato da prisão de uma pessoa fugitiva, que está em outro país, ter sido decretada.
“[O foragido está] morando em um hotel cinco estrelas, num país que o protege. A única coisa que me trouxe [a decretação de prisão] foi o cala boca de todas as pessoas que achavam que eu queria fama, que eu estava fazendo isso por dinheiro, todos os absurdos que eu li. Sendo que o que aconteceu mudou a minha vida e o meu eu, pra sempre.”
Ela ainda acrescentou que o pedido de prisão demonstrou que ela tinha “provas concretas” contra o empresário.
Ao mencionar o Dia Internacional da Mulher, que é comemorado nesta quarta-feira, 8, ela disse: “Espero que outras mulheres possam simplesmente denunciar seus agressores, abusadores, porque é isso que tem que fazer, independente de tudo, é isso que tem que fazer, trás um mínimo de paz no meio de tanta dor.”
Outros casos
Brennand também teve a prisão decretada pela agressão contra a modelo Alliny Helena Gomes, depois de uma discussão em uma academia na zona oeste de São Paulo. Este caso fez o empresário ficar conhecido na mídia, gerando outras denúncias de vítimas contra ele.
Além disso, o empresário teve a prisão decretada por corrupção de menores, ao incentivar o filho menor de idade a ofender Alliny na academia. Outros dois pedidos de prisão ocorreram após supostamente Brennand obrigar uma mulher a tatuar as iniciais do nome dele e a manter em cárcere de privado e também por outra acusação de estupro, na cidade de Porto Feliz, interior paulista.
Brennand tinha sido detido pela Interpol, no Oriente Médio, mas pagou fiança e foi solto. Nos primeiros meses foragido, o empresário usou as redes sociais para negar as denúncias.
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