INVASÕES
Tragédia em São Paulo destaca face cruel da desigualdade social
Morro é constituído por imóveis construídos por trabalhadores sem condições de viver na parte nobre
Por Da Redação
A tragédia no litoral norte de São Paulo, que já deixa quase 65 mortos, expõe um lado cruel da desigualdade social na região, fato que se repete por diversas regiões do Brasil.
Segundo o último boletim estadual, são 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados na cidade. A maioria, entretanto, perdeu tudo o que tinha. Entretanto, parte dos afetados perdeu apenas os imóveis que possuíam exclusivamente às férias.
Do lado oposto à praia há uma série de empreendimentos de luxo com vista para o mar, incluindo condomínios com quadra e piscina anunciados por até R$ 12 milhões. O local é conhecido como Barra do Sahy.
Do outro lado a Vila do Sahy, é um núcleo habitacional surgido em 1990 e formado por ocupações de famílias pobres que buscavam emprego nas redondezas. Atualmente, segundo dados da prefeitura, 3,2 mil pessoas vivem no local.
Enquanto na parte pobre as vítimas sofriam com deslizamentos, enchentes e o desespero, na parte alta houve até helicóptero para fugir das rodovias bloqueadas e facilitar a saída do local.
Segundo o documento Mudanças Climáticas 2022: Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade, produzido pelo grupo de trabalho II do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), eventos climáticos já ameaçam a segurança alimentar e os meios de subsistência de milhões de pessoas.
“Desde 2008, inundações e tempestades catastróficas forçaram mais de 20 milhões de pessoas por ano [no mundo] a deixarem suas casas”, diz o documento.
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