Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

REFUGIADAS

Universidades paranaenses recebem pesquisadoras ucranianas

Fundação oferece bolsas para cientistas mulheres com duração de até dois anos

Por Da Redação

31/07/2022 - 15:52 h
A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná
A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná -

A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). A instituição é uma das primeiras a receber cientistas da Ucrânia, desde a invasão russa ao país, que deu início a uma guerra.

Após o início do conflito armado, Zhanna Virna foi para a Polônia e, de lá, se inscreveu em um programa humanitário da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA), que traz pesquisadoras ucranianas para atuarem no Brasil.

“A Fundação Araucária teve ideia de acolhimento a cientistas ucranianas, voltado a princípio a mulheres, diante das dificuldades dos pesquisadores homens terem autorização para saírem da Ucrânia. Mas têm sido concedidas autorizações a cientistas tanto mulheres, como homens”, explica o professor Nilceu Deitos, gerente de projetos da Fundação Araucária.

Selecionada pelo programa, a educadora Zhanna Virna está trabalhando no campus de Curitiba. Zhanna morava em Lutsk, no Noroeste da Ucrânia, e veio para o Brasil acompanhada da irmã, Inna Virna, que é engenheira e jornalista.

A pesquisadora, que faz aulas de português, disse estar “maravilhada" com o Brasil, com o clima e a vegetação. Indagada sobre do quem tem mais saudade, Zhanna respondeu que é da família, em especial, dos netos que ficaram lá e disse que pretende retornar ao seu país, quando o conflito terminar.

Internacionalização

A bolsa para os pesquisadores tem até dois anos de duração e o objetivo é internacionalizar a pesquisa em diversas áreas do conhecimento. “Se depois quiserem permanecer no Paraná, a gente vai atuar da melhor maneira possível de acolhimento, por meio de algum concurso ou coisa assim”, disse o gerente.

O que motivou a Fundação Araucária a criar esse programa foi a característica sociocultural do Paraná, que é uma das unidades federativas que tem o maior número de imigrantes ucranianos: “nesse sentido, essa ação de acolhimento tem uma relação de respeito à história da construção do estado do Paraná, considerando a forte presença imigratória ucraniana”.

A fundação pretende criar um programa permanente de acolhida a cientistas refugiados de todos os países para promover a integração de pesquisa e internacionalização com esses pesquisadores. “Se eles permanecerem no estado, serão muito bem-vindos e, se retornarem, a academia vai conseguir criar laços de internacionalização muito interessantes", disse Deitos.

"A ciência não tem nacionalidade. Quanto mais conseguirmos integração de outros países e cientistas, melhor para a ciência em todos os sentidos”, acrescenta o gerente de projetos da fundação.

Interesse

O programa prevê acolher até 50 pesquisadores. A Fundação Araucária já recebeu 20 manifestações de interesse que estão em processo de análise, para definir a qual universidade o cientista será encaminhado. Os interessados enviam um resumo da pesquisa que desenvolve para análise da fundação.

No momento, já há quatro pesquisadoras atuando no Paraná. Além de Zhanna Virna, especialista em violência nas escolas, outras três cientistas estão em universidades públicas do estado - Universidade Estadual de Londrina, Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Instituto Tecnológico Federal do Paraná.

Dos 20 pedidos de acolhimento em avaliação, 13 se encontram encaminhados e incluem pesquisadores de sexo masculino e até casais de cientistas ucranianos. Nilceu Deitos acredita que esses 13 cientistas chegarão ao estado nos próximos dois meses.

Bolsas

O programa prevê duas categorias de bolsa, e inclui as passagens de ida e volta. Pesquisadores seniors, com mais de cinco anos de experiência, recebem bolsa por até 24 meses, no valor de R$ 10 mil mensais.

Já os pesquisadores iniciantes recebem bolsa de R$ 5,5 mil por mês, também por um período de dois anos. Cada cientista tem direito de trazer até seis dependentes (filhos até 18 anos, pais acima de 60 anos ou cônjuges).

Dentro do auxílio permanente, a fundação criou um auxílio de R$ 1 mil mensais para cada dependente. “Isso faz com que eles tenham condições mínimas de estar aqui e desenvolver suas atividades na universidade”, observou Deitos.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná
Play

Pitbull ataca cadela que descansava durante passeio; veja vídeo

A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná
Play

Vídeo: professor dá tapa na cabeça de aluno dentro de sala de aula

A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná
Play

Bebê de 1 ano e 11 meses é morta a tiros em briga de trânsito; vídeo

A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na PUC do Paraná
Play

Adolescente desaparece e é resgatada em casa com calabouço subterrâneo

x