Valadão sobre comunidade LGBTQIA+: 'Se pudesse, Deus matava tudo'

O pastor André Valadão sugeriu aos evangélicos que acompanhavam sua pregação na Igreja Batista Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, que, se pudesse, Deus mataria pessoas da comunidade LGBTQIA+. Em seguida, afirmou aos fiéis que "agora estava com eles" e que deveriam "ir para cima".

“A porta que se abriu para o casamento homossexual, para o casamento homoafetivo, não é um mero casamento. (…) A porta se abriu quando nós tratamos como normal aquilo que a Bíblia já condena”.

“Agora é hora de tomar as cordas de volta e dizer ‘não, não, não, não, não, pode parar. Reseta’. Aí Deus fala: ‘Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi para mim mesmo que não posso, agora está com vocês'”, colocou.

Em publicação nas redes sociais no início da tarde desta segunda-feira, 3, Valadão disse que citou um trecho bíblico de Gênesis, no Antigo Testamento, "quando Deus a partir do dilúvio destrói toda a humanidade pela promiscuidade sexual e libertinagem".

Resposta

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma representação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), estado onde a igreja de Valadão tem sede, após o mesmo pastor realizar um culto com o tema "Deus Odeia O Orgulho", realizado no início de junho.

O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito contra o pastor André Valadão para apurar se ele cometeu crime de homotransfobia.