DESASTRE DE SANTA MARIA
Vítimas da Kiss morreram com mesmo gás utilizado por nazistas
Tragédia que matou 242 pessoas completa 10 anos nesta sexta-feira
Por Da Redação

Centenas de jovens universitários estiveram presentes na Boate Kiss, na madrugada entre os dias 26 e 27 de janeiro de 2013. O que era para ser mais uma noite de diversão, acabou em uma das maiores tragédias da história do Brasil, que completa 10 anos nesta sexta-feira, 27.
Após um incêndio provocado por artefatos pirotécnicos utilizados pela banda 'Gurizada Fandangueira', 242 pessoas morreram na Boate Kiss, em Santa Maria-RS. O impasse judicial segue até o dia de hoje e nenhum dos acusados está preso.
Apesar do alto nível de calor produzido pelos fogos utilizados no palco, o laudo divulgado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou na época que pelo menos 234 das 242 pessoas morreram por intoxicação de gases, como cianeto e monóxido de carbono. Sete vítimas conseguiram deixar o local, mas não resistiram no hospital.
A substância liberada pela queima da espuma, utilizada de forma errada para isolamento acústico, causou rapidamente a redução dos níveis de oxigênio nos tecidos das vítimas, podendo comparar a tragédia da Boate Kiss com o procedimento utilizado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
O incêndio criminoso na Boate Kiss e as questões judiciais que se estendem até os dias atuais foram abordados na minissérie da Netflix 'Todo Dia a Mesma Noite', baseado no livro homônimo da jornalista Daniela Arbex. A obra relata os momentos de angústia no momento do incêndio e a busca dos pais por justiça.
A plataforma de streaming Globoplay também lançou um documentário para relatar a tragédia. Os cinco episódios mostram o drama das famílias e o sofrimento das famílias de Santa Maria após o incêndio na Boate Kiss.
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