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MÚSICA

Banquete de sabores

Vanessa da Mata lança disco em que privilegia diferentes ritmos brasileiros, como forró, piseiro e MPB

Por Eugênio Afonso

09/03/2023 - 8:00 h
Cantora diz que o disco é uma costura de  crônicas, mas que tem lado romântico e poético, característico dela
Cantora diz que o disco é uma costura de crônicas, mas que tem lado romântico e poético, característico dela -

Acaba de sair do forno Vem Doce, o mais novo álbum de estúdio da cantora e compositora mato-grossense Vanessa da Mata, 47.

Já disponível desde ontem – Dia Internacional da Mulher –, nas principais plataformas virtuais de música, o disco é basicamente formatado por músicas autorais inéditas.

Tem só uma releitura: Comentário a Respeito de John (Belchior), com participação do cantor de forró/piseiro pernambucano João Gomes, 20.

“O processo de composição desse disco foi denso porque sempre surgem angústias, e ao mesmo tempo de leveza porque é uma costura de várias crônicas de histórias do Brasil. É um disco bem autoral, como os outros, e tem um apelo maior, digamos, sociocultural. Mas tem também um lado romântico e poético que sempre foi meu. Costurei o disco com muitos diálogos”, conta a artista em entrevista.

São 13 músicas ao todo, algumas em parceria com nomes já consagrados da música nacional, como Marcelo Camelo, em Oi, e Ana Carolina, em Eu Repetiria.

A música que dá título ao disco – Vem Doce – é uma parceria com o produtor e beatmaker carioca Papatinho.

Tem ainda Me Liga (Vanessa e Dom Lucas), Fique Aqui, com parceria e participação do rapper carioca L7nnon, e Menina (Deus te Dê Juízo), de Vanessa e Ilan Adar.

Todas as demais, Foice, Fogo, Amiga Fofoqueira, Gêmeos, Vizinha Enjoada, Face e Avesso, são de autoria da própria Vanessa.

Depois dos ótimos Segue o Som (2014) e Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina (2019), a artista segue explorando temas como paixões, amores, conflitos, milagres do cotidiano, sincretismo religioso e pecados comuns, sem desprezar sua identidade musical já estabelecida.

Neste novo trabalho, a autora de Ai, Ai, Ai – um de seus maiores sucessos – dispõe de variadas sonoridades através de ritmos populares como forró, MPB, piseiro, R&B, além de pop e trap.

“Minha música tem histórias que gosto de contar. O que me inspira é a vida. O ser humano é um ser extremamente provocativo pra mim. Curioso, amável, odiável. Todos os aspectos de vida me trazem conforto, desconforto. Escolhi esse ofício para poder traduzir a crônica brasileira do dia a dia”, ressalta a cantora.

Influência sonora

Vanessa é, seguramente, uma das poucas artistas brasileiras que consegue navegar com desenvoltura por diversas faixas de público.

Agrada tanto aos mais jovens que estão descobrindo a MPB agora, como aos habituados a consumir consagrados nomes de peso do cancioneiro nacional.

“Bom, tudo isso não é realmente feito de maneira consciente. Eu tento deixar a música agir muito naturalmente na minha vida. O que eu proponho é que ela tenha alguma provocação emocional. O que faço de maneira mais focada é trazer ritmo e uma letra que seja motivo de orgulho pra mim”, observa Vanessa.

São mais de 20 anos desde que a cantora lançou Vanessa da Mata (2002), seu primeiro disco de carreira. De lá pra cá, ela foi se tornando uma das principais vozes da música popular brasileira e, ao lado de Rita Lee, Zélia Duncan, Marina Lima, Mallu Magalhães e Ana Carolina (só pra citar algumas), tem se firmado como uma das mais férteis e produtivas compositoras da MPB contemporânea.

Vanessa garante que, em todos estes anos de estrada, segue sendo influenciada pelos grandes da música brasileira, como Chico, Caetano, Gal, Elis, Belchior, Gil, Bethânia, Clara. “E os que não são tão falados também. Tenho ouvido Seu Pereira, Lamparina, ÀTTOOXXÁ, Jottapê (muito), Bala Desejo, Morelenbaum”.

E confessa que está muito preocupada com o rumo da nossa canção.

“A música brasileira está, cada vez mais, na mão do mercado. Ele é implacável. Elimina outros gêneros menores e cria dificuldades para que os novos apareçam. Que o Carnaval nos salve. Que o samba nos salve. Que a música possa existir dentro de suas variedades”, decreta a cantora mato-grossense.

Este ano, Vanessa, que chega atuando como compositora, arranjadora, produtora e intérprete, decidiu lançar propositalmente o disco justamente em março, mês dedicado com mais afinco às mulheres, apesar das participações e parcerias no álbum serem predominantemente masculinas.

Vem Doce chega para que o público possa ‘vanessear o que há de bom’.

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