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27/05/2022 às 6:05 - há XX semanas | Autor: Victor Hernandes*

CADERNO 2

Circuito de Literatura aporta no MAM com escritores e shows

Iniciativa quer descobrir figuras baianas com conhecimento sobre os lugares onde vivem e moram

Edgard Abbehusen, Camilla França, Luiz Carlos Capinan e Aldri Anunciação
Edgard Abbehusen, Camilla França, Luiz Carlos Capinan e Aldri Anunciação -

A literatura e o turismo baiano são as temáticas da primeira edição do Literatur- Circuito Literário da Bahia. O evento, que acontece desde quinta-feira e vai até este sábado, 28, no Museu de Arte Moderna (MAM), tem uma programação recheada de convidados especiais e variados momentos para os amantes da literatura brasileira.

A iniciativa tem o objetivo de descobrir enredos e figuras que tenham conhecimento sobre os lugares onde vivem e moram. De acordo com um dos idealizadores do evento, Edgard Abbehusen, o Circuito Literário carrega também o propósito de apresentar quem realiza produções literárias acerca dos municípios baianos.

“Nosso foco é buscar personagens e histórias que falem dos seus territórios, das suas regiões, da sua cidade, do seu bairro e do seu cantinho. É projetar essas possibilidades. Mostrando quem já produz, quem já tem livros publicados, quem já faz parte do mercado editorial – e com isso formar novos leitores e escritores pelo caminho. É uma caravana de possibilidades”, relata.

A inspiração para realizar o Circuito vem de berço, da própria Bahia. Autores e figuras literárias da história baiana foram o referencial para a construção do evento, como explica a curadora Camilla França.

“A inspiração foi a própria Bahia, os seus escritores, poetas e contadores de histórias. O estado, por si, já é um grande polo cultural, em diversas artes. A gente vem crescendo em número de feiras e festas literárias pelo estado, mas faltava algo que criasse esse intercâmbio entre territórios de identidade. Por isso um Circuito que fizesse essa conexão”

As temáticas e questões que rodeiam o evento perpassam também por ligar as diferentes regiões baianas, como a Chapada Diamantina e o Recôncavo Baiano, Ilhéus e Juazeiro, em uma verdadeira mistura, para mostrar o que a Bahia tem de melhor.

“A pauta principal é mostrar as referências dos autores desses livros e dessas histórias que nascem na Bahia. Jorge Amado vendeu tão bem a Bahia – como ir em Ilhéus e não lembrar dele? Como chegar no Centro Histórico sem pensar nas histórias que Jorge Amado criou ali? Como não falar da região da Chapada Diamantina sem lembrar do fenômeno Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior? Entre outros. Acho que essa é a essência da Literatur Bahia”, define.

Um desses autores baianos que será homenageado é o poeta Capinan. O escritor Imortal da Academia de Letras da Bahia é um dos principais ativistas na luta do movimento negro. Além de ser também uma referência cultural nas diversas áreas que atuou, como música, cinema, literatura, entre outras.

“José Carlos Capinan é o artista que representa toda essa versatilidade que o nosso Circuito pretende e tem este objetivo maior. Um baiano, formado em Medicina, Direito e Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, além de ser poeta, compositor e cineasta. Em tudo o que fez, fez com excelência”, nota Edgard.

Convidados e participações

Além de todas as pautas importantes, o Literatur contará com convidados e participações muito especiais. Serão apresentações musicais, recitais, lançamento de livros, contação de histórias e mesas de conversas conectadas às temáticas do evento.

O Circuito terá a presença ainda de escritores, poetas, cantores, jornalistas, dentre outras personalidades.

De acordo com Camila, todos os artistas convidados possuem conexão e representatividade com a identidade construída da Literatur.

“Buscamos diversidade e nomes que fugissem um pouco do senso comum nas feiras literárias, justamente para buscar essa identidade própria da Literatur. Claro, temos a presença de autores que sempre estão presentes nesses eventos, mas também abraçamos outros que fazem essa conexão com a viagem que pretendemos fazer em cada território”, afirma Edgard.

A autora carioca Eliana Alves é uma das convidadas para a cerimônia de abertura do evento. Renomada e vencedora da primeira edição do Prêmio Literário Oliveira Silveira, da Fundação Cultural Palmares, em 2015, a escritora chega para participar do Literatur com muito entusiasmo e ansiedade.

“É um sentimento muito grande, um frio na barriga. É um evento grande, muitas pessoas. É sempre uma emoção e uma honra também, porque em qualquer evento em Salvador eu sinto que estou voltando para casa. Estar na Bahia é uma emoção muito grande, uma volta ao útero. Fico muito feliz e honrada pela abertura deste evento que espero que tenha vida muito longa”, diz Eliana.

“Minha intenção quando participo de eventos assim é desmistificar a figura do escritor e escritora. Espero deixar este sentimento de que é possível escrever. Um legado de que a gente pode ocupar este lugar da literatura, que é para todo mundo. Essas percepções é o que espero que singelamente fiquem. Mas tem muitas outras coisas que não alcanço”, anseia Alves.

Para contar acerca de suas vivências no universo da literatura, a programação do evento terá ainda as participações de figuras como Mariana Guimarães, Malu Fontes, Cássia Vale, o quadrinista Hugo Canuto, Ramon Cruz, dos jornalistas Aldri Anunciação e Luana Souza.

Já a grade de shows terá as apresentações de Alexandre Leão, Pedro Pondé e Paroano Sai Milhó.

Em sua primeira edição, Literatur- Circuito Literário da Bahia, chega para deixar um legado para as próximas edições. Para França, o evento literário será uma oportunidade de descobrir novos nomes do universo literário na Bahia.

“Eu acredito muito no projeto como uma semente de sonhos. Imagine viajar as regiões do estado e descobrir novos talentos, e expor o trabalho de pessoas que nem tinham esperança de ter uma projeção. Chegar para uma criança no interior do estado e mostrar para ela possibilidades através da literatura. Nesse estado tão rico culturalmente, também há espaço para fazer literatura”, aposta a idealizadora.

“É fazer tudo isso sem muros, sem a viseira do que é ou não é literatura, mas construindo pontes por onde o Circuito passar. Debatendo livros, música, poesia, cordel e o que mais for possível debater nesse universo. De gente que produz Bahia através da sua arte”, finaliza a curadora.

A programação do evento nesta sexta-feira começa às 17h e no sábado, às 9h30. O acesso é gratuito.

A estreia do circuito no MAM homenageia o poeta, compositor e músico José Carlos Capinam.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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