Lenine e o filho Bruno Giorgi trazem turnê Rizoma para Salvador | A TARDE
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Lenine e o filho Bruno Giorgi trazem turnê Rizoma para Salvador

Apresentação tem percorrido o país inteiro e agora desembarca em solo soteropolitano

Publicado sábado, 16 de julho de 2022 às 07:30 h | Autor: Eugênio Afonso
Além da turnê, dupla está preparando disco novo ainda sem data de lançamento
Além da turnê, dupla está preparando disco novo ainda sem data de lançamento -

Prestes a completar 40 anos de carreira desde que estreou, em 1983, com o disco Baque Solto, o cantor e compositor pernambucano Lenine, 63, tem se firmado como um dos maiores letristas deste país. Bastam Paciência, Relampiano e Jack Soul Brasileiro para dar a real dimensão da qualidade musical do artista.

Agora, ao lado do filho Bruno Giorgi, 33, Lenine chega a Salvador para mais uma etapa da turnê Rizoma. O show acontece hoje (16 de julho), às 21h, na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA). A estreia foi em abril desse ano, em São Paulo, e daqui eles seguem para Garanhuns (PE) e Montevidéu.

“O propósito do show é mais uma vez promover e dividir com a plateia uma noite maravilhosa e inesquecível”, avisa Lenine. 

Com direção musical assinada pelo próprio Giorgi, no palco só estarão pai e filho. Lenine cantando e tocando violão. Bruno acompanhando o pai nos vocais, mas complementando com baixo, bandolim, teclados e sampler.

“Bruno, há mais de uma década, é o produtor dos meus trabalhos. Além disso, ele mixa, masteriza, grava… então ele tem essa multifunção. O fato de estarmos passando por uma pandemia, e tê-lo como filho e próximo a mim, foi, na verdade, o grande estopim para criarmos Rizoma”, revela o cantor pernambucano.

Pulsação irradiada

Eleita para título da turnê, a expressão rizoma pode significar uma teia diversificada de entrelaçamento de caminhos musicais, afinal na botânica ela é um caule que cresce paralelo ao solo e forma raízes que se espalham, e na filosofia é a expansão do conhecimento, aquele que busca todas as direções e está aberto para as experimentações.

 Segundo Lenine, a expressão rizoma surgiu em função dos inúmeros incômodos e sentimentos causados pela pandemia.

“Essa palavra foi ambientada na filosofia por Deleuze e aí ele botou dentro do espectro humano. O que seria o rizoma? O momento da criação, onde tudo se estabelece, uma conexão com coisas bem díspares, incapazes de prever. Portanto a escolha tem a ver com a criação. Esse é o rizoma”, detalha o músico.  

No repertório do show, o  público vai se deparar com diversos sucessos do autor de Hoje Eu Quero Sair Só: Castanho, Martelo Bigorna, Leve e Suave, O Dia Em Que Faremos Contato, Tubi Tupy, Jack Soul Brasileiro, Paciência  – mas Rizoma deve trazer também músicas novas que estão sendo produzidas pelo duo, afinal eles estão finalizando um disco só de inéditas e algumas canções desse trabalho podem ser apresentadas no show.

“Nos debruçamos sobre os meus trabalhos e pinçamos as canções que achamos adequado cantar hoje, transpondo cada uma delas, do momento em que foi feito e gravado, para os dias de hoje. As que se adequam mais ao ambiente que vivemos. O Rizoma foi feito a partir dos temas, das palavras e da poesia”, esclarece Lenine.

E quanto ao novo projeto que está vindo por aí, o autor de Miedo – música gravada com a mexicana Julieta Venegas – explica que ele e Bruno já estavam gravando mesmo antes da pandemia.

No entanto, pausaram, e  agora retomaram. Mas que, por enquanto, é só “uma protocoisa” sem nome nem data de lançamento.

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