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CADERNO 2

Ney Matogrosso se apresenta neste sábado na Concha Acústica do TCA

Sem perder o rebolado aos 81 anos, cantor chega a Salvadoro para apresentar show 'Bloco na Rua'

Por Eugênio Afonso

24/09/2022 - 8:00 h
Com figurino de Lino Villaventura, Ney apresenta um  show dançante  com algumas músicas românticas
Com figurino de Lino Villaventura, Ney apresenta um show dançante com algumas músicas românticas -

Tem artista que dispensa apresentação e um deles é, sem dúvida, Ney Matogrosso. Aos 81 anos de idade e beirando os 50 de estrada musical, o cantor mato-grossense não perdeu o rebolado (literalmente) e vem construindo uma carreira instigante e sólida desde os tempos do extinto Secos e Molhados (1973/74), banda em que era vocalista e estrela absoluta.

Com o fim do grupo, Ney partiu para a carreira solo e se tornou uma das vozes mais importantes e potentes da música popular brasileira, sempre com apresentações que costumam lotar os espaços culturais por onde passa.

E aqui em Salvador não deve ser diferente, já que neste sábado, às 19h, Ney apresenta aos baianos, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), Bloco na Rua, seu mais novo show, que estreou no Rio em 2019 e ganhou estrada.

“Este é mais um trabalho que faço com muito prazer”, diz Ney. “O show é dançante, bastante animado e tem também uma parte com três músicas românticas”, avisa.

Ainda com grande domínio de palco, o cantor afirma que cuida bastante do corpo com exercícios físicos diários, e garante que segue bem preparado para continuar se movimentando em cena.

“Ainda estou na ativa, muito flexível. Abaixo, levanto, danço requebro, faço tudo que quero”, revela, sem falsa modéstia, o intérprete de Rosa de Hiroxima.

Diversidade musical

O critério para a seleção das músicas, segundo Ney, é basicamente gostar delas. São 22 canções de vários autores – algumas já gravadas por ele, outras não -, que fazem um breve passeio por sua história musical.

“Agora incluí Ex-amor (Martinho da Vila), no bis, e Homem com H (Antonio Barros), que fiz nos Estados Unidos para os brasileiros que fazia tempo que não estavam comigo. Deu tão certo que estou mantendo”, conta o artista.

E mesmo já tendo gravado boa parte da nata de compositores da MPB – incluindo aí Raul Seixas, Caetano Veloso e Gilberto Gil –, Ney admite que sempre prestou bastante atenção na música baiana, mas não consegue diagnosticar influência direta dela em sua carreira.

No entanto, no repertório do show, entre outros compositores, ele também privilegia a turma da Bahia com A Maçã, de Raul e Paulo Coelho, e Como 2 e 2, de Caetano. Tem ainda Eu quero é botar meu bloco na rua (Sergio Sampaio) – de onde saiu o título da turnê –, Mulher Barriguda (Solano Trindade, João Ricardo), Sangue Latino (João Ricardo e Paulinho Mendonça), Pavão Mysteriozo (Ednardo), Jardins da Babilônia (Rita Lee), Yolanda (Pablo Milanés com versão de Chico Buarque) e mais.

E como estamos vivendo tempos de polarização política em função de um conturbado período eleitoral, o público tem reagido com gritos e jingles de determinados candidatos durante os shows em Salvador, mas Ney garante que isso não o incomoda.

“Eu apenas não estimulo, não chamo ninguém pra fazer isso, mas se as pessoas querem se manifestar eu assisto e toco meu barco”, deixa claro, o intérprete.

Performance e estilo

Com uma carreira bem-sucedida, sem maiores altos e baixos, o mato-grossense tem se firmado, ao longo dessas décadas, como um dos grandes da nossa música, e isso pode ser creditado ao seu incontestável talento como intérprete, e também ao fato de ter traçado uma trajetória mais independente, como ele mesmo afirma.

“Faço tudo intuitivamente. Dei várias viradas na minha vida, independente das gravadoras. Elas diziam que aquilo não era comercial e eu sempre fiz os meus trabalhos despreocupado disso. Acho que há uma tendência em subestimar a inteligência do público – e eu não subestimo”, aponta o cantor.

E como show de Ney não costuma ser no estilo ‘um banquinho, um violão’, a estética visual é, seguramente, uma marca forte em suas apresentações. Figurino – sempre estiloso e original – e cenário costumam ser muito aguardados por público e crítica. Muitas vezes, as apresentações são tão elaboradas quanto uma instalação ou uma peça de teatro grandiosas.

Em Bloco na Rua, Ney mantém o estilo performático em cena com figurino do renomado estilista paraense Lino Villaventura, e cenário do designer carioca Luiz Stein.

A direção musical é de Sacha Amback e a banda que o acompanha é a mesma dos últimos cinco anos: Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete), Everson Moraes (trombone) e Sacha Amback (teclado).

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