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CADERNO 2

Produções independentes inauguram programação no CineMAM

Coletivo de produções audiovisuais terão programação quinzenal

Por Júlia Lobo*

19/05/2022 - 6:10 h
Câmera na mão, transgressões na cabeça: Coléman e parte do Coletivo Avalanches
Câmera na mão, transgressões na cabeça: Coléman e parte do Coletivo Avalanches -

Começa nesta quinta-feira, 19, a nova programação quinzenal do CineMAM, o Cineclube Avalanches. Organizado pelo Avalanches Coletivo, o projeto traz para as telonas produções independentes da sétima arte que não entram no catálogo das salas de cinema tradicionais. A partir das 19h de hoje, a sessão de estreia exibe videoclipes de artistas locais e internacionais.

A Mostra Internacional de Music Video apresenta 26 produções audiovisuais que transitam pelos gêneros do hardcore, punk rock, blues e do hip hip. No caso dos artistas locais, o foco das câmeras também se dirige à paisagem urbana de Salvador, especialmente para as periferias.

“A gente está aberto a mostrar tudo que salas dos grandes cinemas não mostram, então é coisa para caramba. Eu acredito que sejam filmes até melhores do que os que circulam lá, porque eles deixam de circular por uma série de motivos, como os temas que abordam e a linguagem. O Cineclube vem para dar conta dessa reprodução, e a videoarte entra nisso também”, diz o cineasta baiano Alex Coléman Guena, um dos fundadores do Coletivo.

A programação desta noite, com início marcado para às 20h, começa com a exibição do videoclipe da canção Avenida Contorno, do artista baiano Messias (ex-brincando de deus). Lançado em março de 2022, a obra é uma das produções do Avalanches Coletivo que serão apresentadas.

As produções audiovisuais das canções You Know I Love You, da banda The Cigarettes, e Mark, Eu Te Odeio, da artista Maria Phuturista, também marcam presença.

Sob diferentes direções, o público pode contar com a mostra de outros clipes nacionais, como Água, da cantora e compositora baiana Mariella Santiago e Diretoria, das irmãs revelações do rap nacional Tasha e Tracie.

De acordo com a roteirista e diretora Laura Vakim, a curadoria foi baseada na estética das produções e pelo afeto que elas movimentam nos integrantes do Coletivo.

“É também uma curadoria mais afetiva, não segue uma coisa cronológica. A estética tem que dialogar entre os clipes, terem pontos em comum, que a gente gosta, que traz pra gente sensações que gostaríamos de compartilhar, e acho que é pertinente mostrar. É importante que o hip hop esteja na Saladearte”, diz Laura.

Da rua para sala

Em relação ao espaço ocupado pelo Cineclube Avalanches, o Coletivo acredita que a Saladearte CineMAM é peça chave no conceito do projeto. Para o grupo, a localização e estrutura no Solar do Unhão, faz parte de uma comunidade que vive a periferia e pode ampliar a discussão levantada pela organização.

Entre as exibições, estão previstos diálogos entre os convidados, diretores e plateia sobre as produções assistidas e a distribuição e consumo de arte no país. O próprio Avalanches Coletivo, criado por artistas independentes, enfrenta a dificuldade de conseguir incentivo para movimentos artísticos alternativos, que são desvinculados de grandes gravadoras, produtoras e da mídia tradicional.

“Os incentivos para o audiovisual diminuem a passos largos e ver o coletivo surgindo com uma iniciativa como essa dentro deste cenário já é um sentido de luta. Não existe nenhuma forma de empatia com a arte, é uma falta de sensibilidade com a classe artística como um todo, não tem absolutamente quase ninguém a quem pedir, a quem recorrer”, afirma a jornalista e artista visual Vaneza Melo.

O Cineclube é um projeto de financiamento do Coletivo, atualmente composto por treze pessoas, de produtores e diretores à músicos e atores. Ainda segundo Vaneza, a ideia do Cine é ampliar o olhar do público para o que está do lado de fora, já que as pessoas podem ficar presas apenas a determinados produtos que ocupam as salas de cinema tradicionais.

Passarela de arte

Hoje à noite, antes da mostra dos videoclipes, os artistas passam pelo tapete vermelho do MAM. A intervenção idealizada pelo Avalanches questiona quem define quem é estrela e proporciona a valorização e visibilidade por muitas vezes não obtidas pela cena independente. A abertura no tapete vermelho será transmitida no canal do Youtube e Instagram do Coletivo.

A estreia também conta com som ao vivo no pátio com o Studio A Gruta, Brian Schultz e Jam com os artistas da Mostra Internacional de Music Video. A cada sessão do Cineclube Avalanches, os ingressos podem ser adquiridos via WhatsApp do MAM (7198199-2833), a partir das 13h. O projeto será consolidado como programação oficial do Museu. A cada quinze dias, novas produções serão exibidas. A próxima mostra é no dia 2 de junho e será composta por filmes. As apresentações de vídeos musicais passam a ocorrer uma vez por mês.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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