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18/01/2023 às 7:00 • Atualizada em 18/01/2023 às 9:29 - há XX semanas | Autor: Lila Sousa*

CADERNO 2

Rei do axé, Luiz Caldas celebra 60 anos com show na Concha

Grandes sucessos do artista serão escutados pelo público que poderá cantar junto durante todo o show

Luiz também convidou pra sua festa o maestro Carlos Prazeres, que vai tocar oboé
Luiz também convidou pra sua festa o maestro Carlos Prazeres, que vai tocar oboé -

Música, amigos e arte: estas são peças-chave da festa que celebra o aniversário do pai da Axé Music. O show Luiz Caldas – 60 Anos, acontece nesta quinta-feira, 18, a partir das 19h, na Concha Acústica e reúne nomes como Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Armandinho Macedo e Durval Lelys.

“Estou bem tranquilo e feliz, os ingressos estão esgotados, isso quer dizer que o público atendeu ao meu convite. Estarei rodeado de grandes amigos. Só alegria. Viva 60 anos”, declara Luiz Caldas.

Os grandes sucessos do artista serão escutados pelo público que poderá cantar junto durante todo o show.

“Um momento como esse, quando a gente já tem mais de 50 anos de carreira, o ingrediente funcional e melhor que você pode usar é o seu repertório. Você não tem uma longevidade musical dessa se não conseguir ir fazendo sucessos pelo caminho”, afirma.

Sobre a comemoração do seu aniversário, o artista disse: “claro que tem que ser com música”. Por isso, promete um show memorável para os fãs, além da participação de grandes amigos que fazem parte da sua trajetória musical.

“É uma festa que eu poderia convidar muito mais artistas, mas seria difícil, eu teria que me tornar um Chacrinha, pra fazer um programa com tanta gente importante na minha vida”, brinca.

O anfitrião escolheu os artistas com maior proximidade para se juntarem à celebração, a exemplo de Armandinho Macedo com sua guitarra baiana, figura conhecida por ele antes mesmo de inventar a Axé Music. “Armando sempre foi além de um mestre maravilhoso, um ídolo pra mim e se tornou um grande amigo. Então enquanto eu estiver vivo e comemorando meu aniversário com certeza Armandinho será sempre convidado”.

Carlinhos Brown é mais uma das atrações com quem Luiz Caldas esteve desde o início da carreira.

“Brown dispensa comentários porque todo mundo sabe da minha afinidade e da minha história, da ligação que nós temos desde a banda Acordes Verdes, deste conluio do bem, um conluio musical que a gente sempre fez em prol da música da Bahia”. Parceiros em muitas canções, o Pai do Axé se une ao Cacique para esta grande comemoração.

Com o alto astral já conhecido pelo público, Ivete Sangalo se junta como a personalidade mais popular da Axé Music, para o anfitrião.

“Desde o início da carreira dela que a gente está sempre juntinho. Isso pra mim é maravilhoso! Ela fez parte do DVD que marca a minha estreia nesse tipo de mídia, feito pela Universal Music. É nossa rainha, recebê-la num dia como esse vai ser um presente, não só para mim, mas para todo o público”, elogia.

Não poderia faltar a participação de Durval Lelis, dono de uma performance inconfundível no Carnaval baiano. “Se o Carnaval tem alegria, o nome dessa alegria é Durval Lelis. O cara é um irmão que eu tenho de muitos anos, bem antes do Axé Music ter início. Ele já estava tocando nos trios junto com o Ricardo Chaves, na banda Pinel e eu tive a honra de gravar o primeiro disco dele. Com certeza vai ser uma noite memorável”, garante o artista.

O maestro Carlos Prazeres será o primeiro convidado, e tocará junto a Luiz Caldas uma canção instrumental ao oboé e violão. O maestro é uma pessoa por quem o pai da Axé Music possui profunda admiração.

“A gente sabe que a gente pode conhecer pessoas, mas fazer uma amizade é algo raro, não é tão fácil. E ele se tornou meu amigo instantaneamente, quando a gente se viu, a gente tem o mesmo propósito com a arte”.

Para Luiz Caldas, Prazeres é responsável por transformar a sisudez da Orquestra Sinfônica da Bahia, aproximando o povo da música de concerto e fazendo-as entrar no teatro para escutar música clássica. “Como eu amo a música clássica, isso pra mim foi um feito heroico. Amo Carlos Prazeres e vai ser uma honra estar com ele”, afirma Luiz.

Mais de 50 anos de música

De estilo marcante ao cantar sempre de pés descalços, Luiz Caldas extrai o melhor da combinação entre inquietude profissional e simplicidade no seu modo de viver.

“É como se fosse uma espécie de transe, um anestésico, um alucinógeno, algo muito forte que toma conta de mim quando eu estou no palco”, descreve Luiz Caldas o que ele sente ao se apresentar diante do público.

O artista mantém a concentração para que as músicas possam entrar na cabeça e no coração das pessoas da melhor forma possível.

Ele chega aos 60 anos celebrando o feito que escancara a sua paixão pela música: há nove anos, Luiz vem lançando um álbum por mês, dos mais diversos estilos musicais e, assim, deixando um legado único para a música do Brasil e do mundo. “Eu sou música”, resume o cantor, compositor e multi-instrumentista.

Para Luiz, essa é uma trajetória vitoriosa, com respeito ao seu público e principalmente à arte que produz, colhendo bons frutos da sua caminhada. Ao relembrar alguns momentos que foram marcantes em sua vida, ele relembra quando cantou pela primeira vez, aos sete anos, com um grupo de Vitória da Conquista. “Isso me marcou demais porque foi o start desse amor que eu tenho pela música”, conta.

Outro marco de sua carreira foi a chegada ao Trio Elétrico Tapajós, aos 16 anos. Além da criação da Axé Music nos anos 1980, que “deu uma nova cara ao carnaval e à música produzida no Brasil, principalmente na Bahia”, afirma.

“Costumo dizer que Axé Music não é um gênero e sim uma forma de se fazer música. Surgiu da minha inquietação, da minha necessidade de tocar outros estilos de música”, relata o cantor. Vale lembrar que, antes dele, a música tradicional do Carnaval era o frevo pernambucano ou o galope paraibano.

Luiz Caldas menciona que o próprio Chiclete com Banana tinha alguns discos gravados com o trabalho baseado no galope: “Não tínhamos uma música genuinamente baiana. E eu sou muito honrado em ter sido esse cara que deu o pontapé inicial, que fez essa abertura musical pra que todo mundo pudesse nadar sossegado hoje em dia na Axé Music”.

“Mesmo a música parecendo boba, há ali uma entrega muito grande”, afirma Luiz. Ele compara suas produções a filhos, sendo alguns mais educados, outros mais estourados, uns brincalhões, outros mais sisudos, mas sem deixarem de ser filhos.

Como começou a cantar em bailes aos sete anos, ao completar 60 anos Luiz Caldas soma 53 dedicados à música. Primeiro como cantor mirim, depois como adolescente autodidata que, só de olhar outros músicos das bandas de baile, aprendeu a tocar com maestria quase todos os instrumentos. E quando a voz estabilizou, revelou-se cantor, compositor e multi-instrumentista, marcando a música brasileira.

“A música não existe sem as pessoas que a escutam. Então fazer música nos torna sensíveis ao outro. Ao longo do tempo, isso faz com que o artista, que quase sempre já é sensível, cresça como ser humano também. E foi assim que consegui me mover na vida, mesmo com os altos e baixos comuns a trajetória de artista, mas sempre superando tudo *Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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