Presidente da Saltur ressalta fortalecimento do carnaval no Centro

O presidente da Saltur, Isaac Edington, disse que o esforço das ações voltadas para o Carnaval de Salvador deste ano tem como foco a manutenção da folia no Centro Histórico, além do investimento para que o Circuito do Grande não tenha nenhum “vazio” de atrações.

De acordo com Edington, em entrevista para o programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9), nesta sexta-feira, 10, a ideia é fazer um Carnaval que seja marcado pela mistura de diferentes ritmos, sem perder de vista a valorização dos blocos afros e demais grupos culturais da capital e demais regiões do estado.

“Será uma mistura, com uma programação robusta no Centro, ali também na Barroquinha, Santo Antônio Além do Carmo. estamos animados. No Campo Grande, entre os espaços destinados para a TV e os oficiais da Prefeitura, vamos ter a Varanda da Folia. O objetivo é fazer um local onde a música não pare. Nessa varanda, vamos ter DJ, atrações como Adelmo Casé, Liniker, Larissa Luz”, disse Edington.

A Prefeitura de Salvador calcula que a folia terá mais de mil atrações gratuitas. Do total, 600 irão ocorrer nos circuitos e 400 em palcos que estão montados nos bairros. No âmbito do apoio aos blocos afros, Edington disse ao A TARDE que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) fez reunião com as lideranças dos grupos, que resultou no apoio financeiro para mais de 150 entidades de matriz africana, que inclui os mais conhecidos, como o Ilê Aiyê, Muzenza, Malê Debalê, Filhos de Gandhy.

Sobre o debate que envolveu a possibilidade de mudança do circuito feito com trios elétricos, da Barra para a orla da Boca do Rio, Edington disse que a possibilidade de saída do Carnaval da Barra nunca foi considerada, mas que a discussão era sobre a mudança do atual modelo da folia no bairro e a transferência do sistema de trios para a orla da capital baiana.

O Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) chegou a apresentar a proposta do novo circuito, em reunião com Bruno Reis feita em agosto do último ano, no Palácio Thomé de Souza.

“O debate na Barra era sobre o Carnaval com outra estrutura, a exemplo do que acontece com o fuzuê, com as bandas e fanfarras. Não existiu uma alternativa para a retirada da folia da Barra. E o carnaval dos grandes blocos, com o devido espaço para se colocar estruturas como o posto de Bombeiros, Polícia Civil, iria para a beira-mar [na Boca do Rio]. No entanto, houveram questões não tão republicanas e a discussão acabou passando, sem tempo hábil para ser complementada. Mas o prefeito sinalizou que segue aberto para o diálogo, caso um dia se volte a pensar no Carnaval na Boca do Rio”, disse.