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CARNAVAL

Celebrando as raízes jamaicanas, Olodum Mirim desfila pelas ruas do Pelô

Apresentação ressaltou os laços históricos e musicais entre a Jamaica e a Bahia

Por Luan Julião

03/03/2025 - 18:04 h
Imagem ilustrativa da imagem Celebrando as raízes jamaicanas, Olodum Mirim desfila pelas ruas do Pelô
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O bloco Olodum Mirim desfilou pelas ruas históricas do Pelourinho na tarde desta segunda-feira (3) de Carnaval, celebrando a conexão cultural entre a Jamaica e a Bahia.

Com o tema “Da Jamaica à Bahia – O Reggae: As Raízes da Resistência Negra”, a apresentação ressaltou os laços históricos e musicais entre os dois territórios, marcados pela forte presença da população negra e pela influência africana em suas tradições.

A energia contagiante do Olodum atraiu foliões de todas as idades. Entre eles, o pequeno Guilherme Teixeira, que fez questão de acompanhar o desfile no Pelourinho.

“Energia ótima! Amo curtir o Carnaval, me divertindo muito. Sábado, eu curti no bloco Happy, no Campo Grande, e hoje estou aqui curtindo o Olodum.”

Guilherme Teixeira
Guilherme Teixeira | Foto: Luan Julião / AG. A TARDE

O mestre da escola do Olodum, Geraldo Marques, destacou a importância do projeto, que há 40 anos transforma vidas por meio da música e do tambor.

“Olha, primeiro de tudo, é uma forma de tirar o jovem das ruas, da vulnerabilidade, mostrando um pouco do tambor, da cultura e da importância de ser negro dentro de Salvador. Estar aqui no Pelourinho, um lugar importante de resistência, é muito significativo para eles e para todos nós. O Olodum, com isso, está fortalecendo essa corrente e dando força para a gente, o que é muito importante. A ideia vem de muito tempo, e a escola tem 40 anos. O projeto foi criado por João Jorge e Neguinho do Samba para tirar o jovem da rua e dar um caminho através da percussão. A partir disso, ele pode ser o que quiser.”

Entre os jovens percussionistas do Olodum Mirim, Júlia Sophia, de 12 anos, expressou a emoção de fazer parte da banda, onde toca há dois anos e meio. “Me sinto muito feliz, alegre. É muito divertido! Me sinto animada, feliz e honrada por essa chance de tocar no Olodum.”

Júlia Sophia, 12 anos, toca no Olodum Mirim há dois anos e meio
Júlia Sophia, 12 anos, toca no Olodum Mirim há dois anos e meio | Foto: Luan Julião / AG. A TARDE

Já Pedro Guimarães, de apenas 6 anos, também integrante da banda, não escondeu o entusiasmo com a experiência de tocar os tambores. “Muito legal, uma experiência muito boa de ouvir os tambores pra lá e pra cá. E eu consegui viralizar tocando tambor de verdade! Eu nasci pra ser músico.”

Pedro Guimarães, 6 anos
Pedro Guimarães, 6 anos | Foto: Luan Julião / AG. A TARDE

Com batuques marcantes e mensagens de resistência, o desfile do Olodum Mirim reafirmou o papel da música como ferramenta de inclusão e identidade, mantendo viva a herança cultural africana que une a Bahia e a Jamaica.

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Tags:

bloco afro Carnaval Pelourinho Carnaval Salvador Cultura Afro-Brasileira Geraldo Marques Jamaica Bahia Olodum Mirim percussão reggae Bahia resistência negra

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