OPERAÇÃO ABADÁ
Golpe do abadá: quadrilhas virtuais miram foliões e polícia reage
Com mais de 15 anos de atuação, a Operação Abadá volta neste ano com foco no virtual
Por Bianca Carneiro e Luana Leal

Com mais de 15 anos de atuação, a Operação Abadá volta em 2025 com o objetivo de garantir segurança e organização na retirada dos abadás em Salvador. A ação integrada envolve as forças de segurança do estado, além de blocos, camarotes e estabelecimentos comerciais.
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Em lançamento oficial da ação nesta quinta-feira, 20, o secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, afirmou que o foco está na inteligência e na integração entre diferentes setores, com acompanhamento nos pontos de distribuição e investigações para coibir fraudes e golpes. Nos últimos anos, criminosos passaram a usar as redes sociais e aplicativos de mensagens para aplicar golpes na venda de abadás, oferecendo preços abaixo do mercado para atrair vítimas.
“Há um acompanhamento de ações de inteligência, de investigação. A Polícia Militar reforça o policiamento cada vez mais, e há também uma parceria muito importante com o Shopping [da Bahia], que faz a utilização também de recursos, assim como, a Secretaria de Segurança, com câmeras na região”.
Além do Sistema de Reconhecimento Facial, das Bases Móveis e guarnições nos pontos de entrega e revenda, assim como no ano passado, cerca de mil policiais militares e civis estarão mobilizados ao longo da operação, atuando de forma ostensiva e velada. Mais de 150 câmeras de monitoramento foram instaladas nos cinco principais pontos de entrega de abadás e seus entornos, garantindo maior vigilância.
Operação Abadá no virtual
Para os crimes virtuais, a Operação Abadá conta com a atuação da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) e do CyberLab, que monitoram transações suspeitas e investigam fraudes online. No ano passado, uma quadrilha especializada nesse tipo de golpe foi desarticulada, resultando na prisão de três pessoas. Para este ano, a expectativa é ampliar o monitoramento.
“Tem sido muito poucos, ou quase nulos os casos de violência, onde o folião é roubado com seu abadá. Hoje o processo de evolução, ele parte para a questão de investigação através das redes sociais, dos grupos de WhatsApp, então, nós trazemos para aqui também a participação da Delegacia do Consumidor no sentido de evitar qualquer tipo de fraude nesse processo de venda e compra, fazendo essa vistoria nas redes sociais e também nos ambientes virtuais porque nós também detectamos golpes que eram perpetrados a partir deste modus operandi, utilizando a parte virtual. Então, a gente traz também, para além da participação dos nossos policiais, da Delegacia Territorial, da delegacia voltada para o crime contra o patrimônio, a Delegacia do Consumidor e a delegacia também do estelionato digital”, explicou a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.
“A recomendação é que os foliões comprem apenas de fontes oficiais e desconfiem de preços muito abaixo do valor de mercado. Muitas vezes, os golpistas criam páginas falsas que parecem legítimas e, ao clicar em um link, a vítima é redirecionada para um site fraudulento”, alertou.
Superintendente do Shopping da Bahia, onde são entregues 90% dos abadás, Wilton Oliveira destacou a importância da operação para o folião. “No dia a dia as pessoas vão poder circular tranquilamente, pois a Secretaria de Segurança Pública, junto com todas as forças policiais, estarão dando toda a segurança para o folião e o turista pegarem os seus abadás.
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